Hoje, domingo, 8 de agosto, é comemorado o Dia dos Pais. E dentre tantas figuras paternas que merecem atenção, o Adão Gamarro, de 56 anos, é uma delas. Pai solo, guerreiro e sonhador, ele é responsável por criar sozinho os quatro filhos desde que eles eram pequenos. Lidando com vários desafios ao longo dos anos, Gamarro tem passado por várias dificuldades na pandemia. Mas ele tem uma arma secreta capaz de melhorar qualquer situação ruim: o grande amor que compartilha com os filhos.

O Midiamax entrevistou o Adão em 2013. Na época, o marceneiro acordava bem cedinho para levar os filhos, de 5 a 9 anos, para a escola de bicicleta. Depois que a mãe foi embora, ele precisou deixar o emprego fixo para trabalhar como autônomo. Assim, teria mais tempo para ficar em casa.

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Meninos quando eram pequenos (Foto: Arquivo Pessoal)

“Tudo era muito difícil no começo. Eu estava sozinho para cuidar deles e fazer tudo. Mas Graças a Deus eles são educados e maravilhosos, nunca nem ficaram doentes. Para mim, passar o tempo com eles é a melhor coisa do mundo”, disse o homem durante a primeira entrevista ao jornal.

Oito anos depois, a equipe de reportagem decidiu reviver essa história para ver como a família tem passado ao longo desse tempo. Agora, não tem mais nenhuma criança em casa. Todos eles cresceram e são adolescentes.

Yann é o mais novo, com 12 anos está estudando no 8º ano no ensino fundamental. Já o Davi está com 13 anos e segue no 9º ano da escola. O Samuel completou 15 anos e está na primeira fase do Ensino Médio. Enquanto o Adan, o mais velho, está com 16 anos.

Inclusive, agosto é um mês de celebração para a família, uma vez que dois filhos fazem aniversário. O Adan fez 17 anos ontem (7) e o Davi comemora no dia 21 de agosto. E, conforme os filhos vão ficando mais velhos, Adão tenta introduzi-los no mercado de trabalho para conseguir uma renda extra em casa.

“Pretendo conseguir para o Samuel o primeiro emprego como menor aprendiz. O Adan também está precisando de trabalho como menor aprendiz. Ele já distribuiu bastante currículo, mas não conseguiu nenhuma vaga. Essa pandemia tem atrapalhado muito, ainda mais para quem é de menor. É difícil conseguir alguma coisa para fazer”, afirma o marceneiro.

Dificuldades na pandemia

Mas as dificuldades ocasionadas pela pandemia não param por aí. Adão também comenta sobre o impacto do Covid-19 no seu trabalho.

“Nesses dois últimos anos com essa pandemia foi muito ruim. Tivemos que ficar em casa para se cuidar e não se contaminar. Só deu para fazer alguns serviços rápidos onde não tinha muita gente, assim como montagem e desmontagem de guarda-roupa”, comenta.

Apesar disso, ter os filhos dentro de casa também teve suas vantagens e a Internet foi uma ótima aliada para mantê-los ocupados e com os estudos em dia.

Adão e os filhos (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Correndo atrás dos sonhos

Em 2013, Adão revelou para a gente que tinha o sonho de trabalhar com a própria loja de móveis usados. Em 2021, o plano ainda não se concretizou, mas as coisas já estão bem mais avançadas.

Com os filhos mais velhos e autônomos, eles já cuidam dos afazeres do lar. Assim, Gamarro tem mais tempo para se dedicar ao trabalho, juntar dinheiro e correr atrás dos objetivos.

“Minha vontade era trabalhar com móveis usados e alguns concretos, mas ainda não foi possível. Estou trabalhando para isso, embora precise de um bom capital para começar. Mas com os meninos agora já grandes, parece mais fácil. Tenho mais tempo para trabalhar”.

E, apesar das mudanças, existem tradições que nem o tempo é capaz mudar. Mesmo depois de oito anos, a família ainda tem o costume de jogar bola todos os domingos, soltar pipa, andar de bike e aproveitar o fim de semana juntos.

Família joga futebol aos domingos (Foto: Arquivo Pessoal)