De acordo com o Nippo Brasil, Campo Grande foi um dos importantes núcleos de imigrantes de Okinawa, que chegaram à região atraídos pelos bons pagamentos. A diária média dos trabalhadores não passava de 3 mil réis, mas, como operários da estrada de ferro, poderiam ganhar 5 mil réis.
Foi por conta disso que 75 imigrantes aceitaram trabalhar no assentamento dos trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no então Estado de Mato Grosso.
Mas o primeiro morador japonês fixo em Campo Grande, hoje capital sul-mato-grossense, foi Kosho Yamaki, que chegou na cidade em maio de 1914, vindo do Peru. Na época, ele adquiriu uma pequena chácara que pertencera a Koshiro Ishibashi, que nunca fixou-se na em Campo Grande, segundo informações do Nippo Brasil.
Em MS e pelo país
Hoje, Mato Grosso do Sul possui a terceira maior população de japoneses do Brasil, atrás apenas de São Paulo e do Paraná. Campo Grande conta com a terceira maior colônia de imigrantes japoneses do país, com cerca de 15 mil descendentes, considerando até a 4ª geração, de acordo com dados do Governo do Estado de 2018.
Atualmente, o Brasil acolhe a maior comunidade de pessoas de origem japonesa fora do Japão, com quase dois milhões de originários e descendentes; os uchinanchus representam cerca de 10% desse número.
A cultura de Okinawa é muito rica, seja através da dança, música, arte, gastronomia, da própria língua, festividades, e outras formas que foram incorporadas também nos costumes sul-mato-grosssenses. Fortemente presente na vida do morador do Estado, várias colônias têm o intuito de ajudar a perpetuar o legado que os antepassados trouxeram, e que o Brasil e, especialmente MS, acolheu e preservou.