Danificada há quase 6 meses, estátua de Manoel de Barros não tem data para ser consertada
Vândalos furtaram um dos pés e vários outros atos de depredação foram identificados, mas restauro não começou
Arquivo –
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Agora em outubro, especificamente no próximo dia 19, vai completar seis meses desde que a estátua do poeta Manoel de Barros — que encantava as sinuosas vias da avenida Afonso Pena — foi encontrada sem um dos pés. Outros pontos de vandalismo também foram sinalizados na obra, principalmente na região da face e dos óculos. Foi então que a FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e o artista Ique Woitschach decidiram revitalizar inteiramente a obra.
No entanto, prestes a completar um semestre desde que ela foi depredada, nenhuma das partes chegou a fechar algum acordo e escultura segue sem data para ser consertada em Campo Grande.
Ao Jornal Midiamax, Ique Woitschach afirmou que tudo que dependia dele para começar a restauração da obra, foi feito. Mas, até o momento, não obteve nenhuma resposta concreta do governo estadual, por isso não tem permissão para dar início a nenhum trabalho.
“Sem o ‘Ok’ do Estado e a assinatura de contrato, não posso fazer nada. Somente aguardar”, disse o artista.
Por sua vez, o governo afirmou que as negociações ainda estão em andamento. “A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul está em processo interno tramitando para contratação do artista responsável pela restauração”, afirmou a FCMS.
Relembre o caso
Emblemática no centro de Campo Grande, a estátua do poeta Manoel de Barros amanheceu depredada no dia 19 de abril, em uma segunda-feira. Vândalos arrancaram um dos pés da figura que fica localizada entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Rui Barbosa.
“E eles vão continuar, vão levar o outro pé agora, e ninguém vai fazer nada. A arte não tem a menor importância e valor em MS. Isso é patrimônio público e deveria ter esquema de vigilância permanente para evitar isso”, desabafou o escultor.
Para Ique, o pé foi arrancado por uma força sobre-humana. “O pé foi rompido porque alguma força muito contundente, foi arrancado na marra. Talvez alguém tivesse amarrado uma corrente no pé com a intenção de arrancar tudo, e amarrou no carro ou num caminhão, e arrancou um pé. No lugar não tem solda e não foi cortada”, comenta o artista plástico.
A estátua, em tamanho real, foi inaugurada em dezembro de 2017. Desde então, tornou-se um marco da região central, com pedestres e turistas se sentando “ao lado de Manoel” para registrar em fotos a homenagem ao poeta. Agora, moradores se questionam quando verão obra restaurada no espaço novamente.
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