Antes de perder a luta para o coronavírus, Amitai realizou o sonho de debutar a filha após reportagem

Há cerca de um ano, Amitai de Souza Campos comoveu Mato Grosso do Sul após reportagem do Jornal Midiamax onde pedia ajuda para realizar o sonho de fazer uma festa de 15 anos para a única filha mulher, Kellen Camilli. A missionária, que lutava pela felicidade da família, morreu na manhã desta segunda-feira (10), após […]

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Há cerca de um ano, Amitai de Souza Campos comoveu Mato Grosso do Sul após reportagem do Jornal Midiamax onde pedia ajuda para realizar o sonho de fazer uma festa de 15 anos para a única filha mulher, Kellen Camilli. A missionária, que lutava pela felicidade da família, morreu na manhã desta segunda-feira (10), após sentir falta de ar e ser diagnosticada com coronavírus, em Campo Grande.

A rapidez com que a doença levou Amitai, de 37 anos, pegou todos de surpresa. Sem saber que estava contaminada, a missionária apresentou os sintomas, na última sexta-feira (7), e morreu três dias depois.

Temente a Deus, batalhadora e pilar da casa, Amitai era casada e morava com 3, dos 4 filhos, na Cidade de Deus. O sonho de engravidar de uma menina foi realizado quando ela descobriu que estava esperando Camilli, mas as dificuldades financeiras nunca deixavam que a dona de casa comemorasse os aniversários dos pequenos.

Diabética e com trombose, nos últimos meses ela pouco conseguia ficar em pé, mas continuava levando alegria e sorrisos à quem necessitava. No início de julho, no ano passado, o Jornal Midiamax foi até a casa de Amitai conhecer um pouco a história da família e divulgar o sonho que a missionária tinha de realizar uma festa para a filha de 15 anos.

A humildade com que a dona de casa passava os valores para a filha chamaram a atenção e, após a reportagem, dezenas de pessoas se uniram para organizar a festa. Contente e sem acreditar no que estava acontecendo, Amitai agradeceu cada voluntário e disse, na época, que aquele teria sido o melhor dia de sua vida.

Por conta da pandemia, a situação financeira da família piorou muito. O marido de Amitai é aposentado por problemas de saúde e recebe o benefício de um salário mínimo. Para engrossar a renda familiar, ele catava recicláveis, já que somente o remédio da esposa custava R$ 240 para 28 dias.

Com a morte da missionária, os parentes ainda não sabem o que vai ser da vida dos filhos e do marido, já que era ela quem dava forças e não deixava a “peteca cair”. Quem quiser ajudar a família com cesta básica, produtos de higienes ou de limpeza pode entrar em contato com a sobrinha Daiane pelo telefone (67) 9 9100-1053.

 

 

 

 

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