O sabor foi uma das prioridades na preparação do tradicional bolo de Santo Antônio, oferecido pela paróquia que leva o nome do Mártir. Com 23 metros – dois a mais que o do ano passado – a peça, que começou a ser montada na tarde desta terça-feira (12), ganhou um formato em ‘V’, com um bolo redondo ao meio, para caber dentro do salão paroquial.

Mesas foram posicionadas em um formato de 'V' aberto e no meio haverá um bolo redondo mais alto. (Henrique Kawaminami)
Mesas foram posicionadas em um formato de ‘V’ aberto e no meio haverá um bolo redondo mais alto. (Henrique Kawaminami)

Para os 1.300 kg de bolo foram utilizados 4.800 ovos, 130 kg de trigo, 110 kg de açúcar, 150 litros de chantilly e creme de baunilha e chocolate para o recheio, o que deve render cerca de 8 mil fatias, que serão vendidas a R$ 5,00. O dinheiro arrecadado é utilizado em obras de caridade da Igreja.

Neste ano, 1100 alianças estão 'escondidas' no bolo de Santo Antônio. (Henrique Kawaminami)
Neste ano, 1100 alianças estão ‘escondidas’ no bolo de Santo Antônio. (Henrique Kawaminami)

Segundo o publicitário Pedro Fenelon, de 54 anos, que trabalha como voluntário na organização, o tamanho do bolo se dá em virtude de maiores doações dos paroquianos e do aumento da procura a cada ano. Ele conta que outra novidade deste ano são três miniaturas de Santo Antônio, além de 1100 alianças e 1 par de ouro legítimo.

Outros ingrediente do bolo de Santo Antônio

Apesar de tantos ingredientes, o componente mais importante do bolo é o trabalho voluntário de paroquianos e convidados. Segundo Pedro, a cada dia, desde a sexta-feira (8), 15 pessoas trabalhavam durante 10 horas, diariamente.

O consultor e chef confeiteiro Fabio Salviano, a confeiteira Ana Paula Navarro e a empresária Lúcia Crestani.
O consultor e chef confeiteiro Fabio Salviano, a confeiteira Ana Paula Navarro e a empresária Lúcia Crestani. (Henrique Kawaminami)

A empresária Lúcia Crestani, de 53 anos, é uma delas. Há aproximadamente 15 anos ela faz parte da paróquia e ajuda na preparação do bolo pela primeira vez. Para ela, gratidão e amor resumem o serviço.

Ana Paula Navarro, de 40 anos, que tem um atelier de confeitaria e também ensina a arte, foi convidada para ser a responsável pela confecção do bolo. Ao MidiaMAIS ela disse ser um desafio tão grande quanto o bolo e ressalta o trabalho dos voluntários. “Sozinha eu não teria conseguido. Apesar das preocupações, eu sabia que tudo daria certo, porque tudo foi feito para Ele”, declarou.

Nem só paroquianos deram seu tempo. Ana Paula convidou o chef confeiteiro e consultor, Fabio Salviano e uma de suas alunas, a confeiteira Daise Dias, de 44 anos.

Daise, que há um ano iniciou-se na arte da confeitaria, foi convidada por Ana para ajudar.
Daise, que há um ano iniciou-se na arte da confeitaria, foi convidada por Ana para ajudar. (Henrique Kawaminami)

Daise, que é católica e confessa estar afastada da Igreja há alguns anos, disse que é maravilhoso estar ajudando. “É difícil encontrar palavras para descrever”, explica, e diz que o ato a leva a ter vontade de voltar.

Fabio ajudou tanto na logística e planejamento como na preparação. “A Ana me chamou e eu fiz todos os cálculos de quantidades. Depois fizemos testes e começamos a preparação. Foi um grande desafio. Nós queríamos que fosse um bolo saboroso”, enfatiza.

Pela dedicação claramente empregada e o cheiro que as massas e recheios exalavam durante a montagem do bolo, o objetivo de agradar o paladar do campo-grandense certamente será atingido.

Tendo sabor como prioridade, bolo de Santo Antônio terá 23 metros


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