Com projeto autoral, Érika é ‘convite para ouvir’ de soul a blues nas noites da cidade
Cantora apresenta single e anuncia lançamento especial
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Quem já conferiu uma apresentação de Érika (Espíndola, para os íntimos) na noite campo-grandense, sabe que a voz grave e levemente rouca da cantora de 30 anos é um convite para ouvir. Formada em jornalismo, a jovem é um dos inegáveis talentos musicais de Mato Grosso do Sul que, desde 2011, desbrava a noite da cidade revisitando o repertório de cantoras como Elis Regina e Amy Winehouse.
Cantar é ofício que Érika claramente desempenha com louvor. Ao longo de 2017, Érika e os músicos Rafael Barros (baixo), Flávio Henrique (guitarra), Alex Kundera (bateria) e Joas Pleffken (auxiliar de palco), consagraram as terças da cidade com o Kararoquê, atualmente no Blues Bar. No projeto, Érika incentiva as pessoas a subirem no palco e cantarem a seu lado uma das cerca de 300 músicas do repértório da banda. Ela gosta de dizer, em tom de brincadeira, que alimenta os sonhos dos cantores anônimos da cidade, mas que também aprende com eles.
“A gente aprende muita coisa com a galera, a lidar com os medos, com as inseguranças dos outros. E por isso, quem sobe pra cantar com a gente está mais a nos ensinando que o contrário. Eu lembro de uma vez que um rapaz que subiu pra cantar Gita do Raul Seixas e eu percebi que ele estava nervoso, mas ele cantou. Uma pessoa que conhece esse cara veio conversar comigo depois e disse que a gente não tinha ideia do bem que havíamos feito ao cara, pois ele teria autismo e dificuldade de socializar”, relata a cantora.
Enquanto o Kararoquê segue de vento em popa, no entanto, Érika nem sonha em descansar. Paralelamente, ela e outra trupe de artistas, no caso, Flavio Henrique (guitarra), Julio Queiroz (baixo) e Zé Fiúza (bateria), trabalham na criação de composições, nas quais gêneros musicais como blues, soul e jazz ganharam muita importância. Um exemplo desse trabalho – que aos poucos se cristalizará num EP – é a composição ‘Cavalo do Rei’, que ela assina com Julio Queiroz. A canção vai ganhar lançamento oficial do videoclipe e estará disponível nas plataformas de streaming como Spotify e Deezer logo após o carnaval e contará com evento especial.
“O projeto tá fluíndo. Hoje mesmo o Julio mandou uma melodia e eu fiz a letra. Está fluíndo porque tem muita verdade nisso. Eu sempre me senti muito à vontade com o blues e o soul, além do jazz standard. Esse ano a gente chegou a essa conclusão: por que explorar tantas outras coisas se nesse momento você se identifica tanto assim com o blues, que é uma verdade tão forte? Por mais que ano passado eu tenha experimentado de tudo, do pop ao samba, a gente concluiu que em 2018 precisaríamos respeitar esse essência. Não posso fugir do que eu sou”, afirma.
A fase autoral da banda tem o suporte visual e presença garantida nas redes sociais, aos cuidados da Pantanália Estúdio. “O Julio é o ‘Da Vinci’ da Pantanália. Ele faz tudo e com uma qualidade impressionante. Tem uma sensibilidade musical e cinematográfica absurda, então a gente tem muita segurança para caminhar juntos”, explica Érika.
Enquanto Érika não anuncia o show de seu projeto autoral, que deve ocorrer após o carnaval, você pode conferir sua voz e até dar uma palhinha a seu lado toda terça, com o Kararoquê, sempre a partir das 20h30, no Blues Bar (Rua 15 de Novembro, 1186). A entrada é gratuita aos 50 primeiros e depois o ingresso custará R$ 10. E você pode conferir mais de Érika em suas redes sociais como o Youtube e Facebook.
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