No fim do mandato, Murilo promete 1% para cultura em 2017

Confirmação aconteceu em reunião nesta terça-feira (7)

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Confirmação aconteceu em reunião nesta terça-feira (7)

A prefeitura de Dourados divulgou nesta quarta-feira (8) que em 2017, o município destinará 1% de sua arrecadação para aplicação em recursos para a cultura. O assunto foi tratado em reunião realizada na terça-feira (7), com a comissão do CMPC (Conselho Municipal de Política Cultural) de Dourados e também com o prefeito Murilo Zauith. “Se esse dinheiro realmente foi aprovado no orçamento vai haver uma mudança radical no panorama de cultura em Dourados”, afirma João Rocha, professor e ator e membro do CMPC. 

A destinação do orçamento precisa passar pela aprovação da Câmara de Vereadores, mas o chefe da divisão de Ações Culturais da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e também membro do conselho, Bruno Augusto da Silva, está otimista. “Nós já conversamos com a Comissão de Cultura da Câmara, que já indicou ser favorável a destinação de um recurso maior para a cultura”, acredita ele. 

Contas organizadas

Segundo a prefeitura, esse momento é possível em razão de uma recente organização nas contas do município. “Investir em cultura é investir no desenvolvimento e na promoção de Dourados inclusive em nível nacional, através dos artistas que serão formados com os programas de incentivo”, disse o prefeito. O recurso do 1% será destinado para apoio, promoção, desenvolvimento de produções e de criações artísticas, culturais e também na contemplação de editais de arte e manutenção de trabalhos. 

“Será possível criar um circuito de teatro ou de uma área musical, por exemplo, com apresentações por um período mais longo, inclusive, por toda a cidade, contribuindo também para desenvolver o gosto artístico na população”, afirma. “Vamos poder descentralizar eventos, levando-os para os bairros, oficinas, shows e espetáculos”, acrescenta João Rocha.

Em Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal sancionou a lei do 1% para cultura em 2014, mas até hoje os artistas não tiveram acesso ao recurso, e também o valor não foi aplicado em nenhuma ação, sendo que em 2015 esse orçamento também foi indisponibilizado. No mesmo ano, o Fmic (Fundo Municipal de Investimentos Culturais) deixou de ser pago, mesmo tendo sido validado, publicado em Diário e tendo divulgado os projetos selecionados. 

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