Apaixonado por música e futebol, José Rico começou a carreira em Dourados

Cantor dormia em quarto improvisado e varria o chão de barbearia

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Cantor dormia em quarto improvisado e varria o chão de barbearia

O Brasil perdeu nesta terça-feira (3) aos 68 anos  um dos ícones da música sertaneja, o cantor José Rico. Pernambucano de nascimento, mas criado no Paraná o cantor também viveu por muitos anos em Dourados, cidade a 225 quilômetros de Campo Grande. Na cidade, além da música, o cantor também era apaixonado por futebol.

Durante o período em que esteve no município, José Rico se hospedava em um quarto improvisado no corredor da casa da dona Marta Gamarra Perrupato de 90 anos, viúva do compositor, radialista e dono de uma barbearia na área central da cidade onde o cantor ajudava varrendo o chão e cantando para as pessoas que frequentavam o local.

Segundo familiares o cantor tinha o desejo de ser sepultado em Aparecida do Taboado, cidade a 467 da Capital, onde estão enterrados seus pais e seu irmão. O desejo não foi atendido já que o enterro do cantor será realizado às 10 horas desta quarta-feira no Cemitério da Saudade em Americana-SP, onde o cantor morreu após um infarto.

 

Gargantas de Ouro

José Rico Alves dos Santos, nasceu no Pernambuco, mas foi criado em Terra Rica, no Paraná, desde os 2 anos de idade, por isso adotou o nome de José Rico. O apelido foi inventado por um padre durante a sua infância na cidade paranaense e logo depois acabou registrado em cartório.

A dupla com Milionário se chamava inicialmente Tubarão e José Rico. “As gargantas de ouro do Brasil”, como ficaram conhecidos vendeu aproximadamente 35 milhões de exemplares em 29 discos gravados desde o ano de 1973.

Entre os sucessos de Milionário e José Rico estão músicas como “Jogo de Amor”, “De Longe Também se Ama”, “O Tropeiro”, “Amor Dividido” e especialmente a canção rancheira “Estrada da Vida”, que vendeu mais de dois milhões de cópias e deu origem ao roteiro do filme homônimo, dirigido por Nelson Pereira dos Santos.