UFMS nega risco de ‘calote’ em MS com corte de repasse da União

Reitora garante que calote circunstancial de outras universidades federais não ocorrerá em MS

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Reitora garante que calote circunstancial de outras universidades federais não ocorrerá em MS

Planejamento e um ajuste fiscal severo no ano anterior blindou a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de viver a conjuntura que outras instituições de Ensino Superior mantidas por verba federal passam no início de 2015. Após um decreto presidencial que reduz em 33 % os repasses mensais, há casos de calote a empresas terceirizadas e até a medida de cancelar pagamentos de água e luz em universidade de outros Estados, como Minas Gerais, Tocantins, Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro.

“O Ministério da Educação avisou a todos os reitores de universidades federais ainda no primeiro semestre de 2014 que o ano seguinte seria um período complicado. Recebemos essa orientação assim como as outras instituições e antecipamos esse problema com uma redução significativa dos custos, principalmente da água, luz, revisão de contratos e um planejamento mais rigoroso dos investimentos”, afirmou a reitora da UFMS, Célia Maria Silva Correa Oliveira, que no momento opera com um orçamento mensal apenas 1/18 do que regularmente recebe do governo federal. 

Entretanto ela garante que não há atrasos com os fornecedores, funcionários ou nos contratos com empresas terceirizadas. À equipe de reportagem, a reitora explicou ainda que a prioridade nas obras será definida só após a aprovação do Orçamento de 2015, que está tramitando no Congresso Nacional. Até lá as universidades federais de todo o Brasil terão que se adequar nas suas finanças com um repasse 40% menor. 

Essencial 

Sobre o Estádio Pedro Pedrossian, que é de responsabilidade da UFMS, a reitora afirmou ao Jornal Midiamax que foi encaminhado ao Ministério dos Esportes um projeto no qual é solicitada a reforma, avaliada preliminarmente em R$ 2 milhões. O pedido foi protocolado em fevereiro mas não houve uma sinalização do governo federal ainda, que se for negativa deixará o Morenão inviabilizado para o Futebol Profissional em 2015.

“O Futebol não é a nossa atividade fim. A Universidade tem o seu compromisso principal voltado para a formação educacional e profissional de cidadãos por isso os nossos investimentos de obras são priorizados para salas de aula e laboratórios. Tudo será definido no orçamento de 2015 com níveis de prioridade, sem concorrer é claro com os gastos com fornecedores e bolsas”, ratifica Célia.

Comparativo

Se em Mato Grosso do Sul a situação está sob controle, no Rio de Janeiro a Universidade Federal chegou a anunciar o atraso no início das aulas, em virtude da retração orçamentária. A nova data para o retorno das atividades acadêmicas ficou para o dia 16 de março. No Rio Grande do Sul o levantamento da Universidade Federal de Santa Maria é de que com a medida do governo federal a instituição receba R$ 60 milhões a menos no primeiro quadrimestre. Obras já iniciadas serão mantidas mas a reitoria estuda cancelar projetos como a ampliação da Casa do Estudante, que era antes definida como prioridade. 

Já na Bahia, os fornecedores terceirizados dos serviços de limpeza e vigilância estão sem receber, com atraso de mais de 60 dias do pagamento esperado da UFBA. No Estado de Goiás a administração da universidade federal cancelou o contrato com empresas terceirizadas e procurou cortas gastos com passagens aéreas, água, luz e telefone na tentativa de se adequar aos 1/18 imposto pelo Ministério do Planejamento. 

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