Residencial faz abaixo-assinado para acabar com ensaios de escola de samba da Capital
No documento, moradores ‘clamam por socorro’ da Prefeitura
Arquivo –
No documento, moradores ‘clamam por socorro’ da Prefeitura
Moradores do Condomínio Vale do Sol II, localizado nos altos da Rua 14 de Julho, estão elaborando um abaixo-assinado a fim de acabar com os ensaios da Escola de Samba Igrejinha, que acontecem de quarta a domingo, no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel. Na carta eles ‘clamam por socorro’ da Prefeitura.
O documento, que ainda está em fase de colhimento de assinaturas, será endereçado ao prefeito Gilmar Olarte. Eles pedem a intervenção do executivo municipal para que os ensaios acabem, já que a Prefeitura cede o espaço para a escola de samba realizar seus ensaios.
Os populares dizem, ainda, que o barulho é tão grande que não é possível assistir televisão na sala, pois o barulho invade as casas. Ademais, os moradores ressaltam que preferem procurar, primeiramente, a Prefeitura, antes de levar a denúncia ao MPE (Ministério Público Estadual).
Desta forma, de acordo com a servidora pública Marivânia Cavalcanti, de 46 anos, o barulho da bateria é tão alto que parece estar dentro da sala. “Tinha que haver um lugar específico para eles ensaiarem e não aqui ao lado de tantos apartamentos. Os ensaios tem acontecido quase todos os dias e vão até meia noite. Aos sábados, o tempo extrapola e invade a madrugada”, reclama.
O Residencial Vale do Sol II, que fica na Rua 14 de Julho, 5147, possui mais de 160 apartamentos.
O outro lado
Por sua vez, o ex-presidente e membro da Escola de Samba Igrejinha, Nelson Batistote, negou que os ensaios extrapolem os horário limite (às 22 horas). Além disso, segundo ele, o barulho que incomoda os moradores não sai da escola e sim dos visitantes que ficam fora do barracão. “O problema ali não vem da bateria e sim do pessoal que fica lá fora. Eles fazem uma baderna colocando som altos nos carros. Não tem nada a ver com a escola”, justifica.
Além disso, Batistote ressalta que a diretoria da escola já tomou providências junto à policia. “A partir desta quarta-feira (2) já terá um policiamento, feito pela PM [Polícia Militar] para barrar a atitude destas pessoas”, conta.
Por fim, a Prefeitura de Campo Grande, que é o destinatário do abaixo-assinado, informou que só irá se pronunciar sobre o impasse após os moradores enviarem o documento.
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