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Pedreira nega explosão e ‘estrondo’ de sexta-feira em Campo Grande continua misterioso

Centenas de moradores sentiram 'tremor' em várias regiões da Capital
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Centenas de moradores sentiram ‘tremor’ em várias regiões da Capital

Continua misterioso o ‘estrondo’ e suposto tremor relatado por centenas de moradores de Campo Grande na última sexta-feira (19), por volta das 16h30. Não há registros de atividade sísmica e o Exército Brasileiro afirmou que não promoveu nenhum tipo de manobra ou teste que pudesse causar o abalo. A outra suspeita, de que  em uma pedreira teria causado a vibração, também é negada pelas empresas do setor.

Moradores de várias regiões da Capital relataram na sexta-feira (19) ter ouvido forte barulho de explosão seguido de tremor. Em alguns bairros houve registro até de que vidraças e portas teriam tremido logo após estrondo parecido a uma explosão ou trovão muito forte. Rapidamente a redação do Jornal Midiamax recebeu inúmeros relatos.

Nas redes sociais a informação se espalhou rapidamente e foram inúmeras as suspeitas levantadas para explicar o fenômeno.

No entanto, segundo dados do Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo), que tem quatro estações de monitoramento em Mato Grosso do Sul, não houve nenhum tremor ocorrido na tarde de sexta-feira (19) em Campo Grande.

O Exército, por sua vez, desconhece a ocorrência de qualquer manobra militar, como tiro de canhão, por exemplo, que pudesse provocar a sensação descrita pelas pessoas.

Sobrou a desconfiança de que explosão controlada em uma das pedreiras de Campo Grande seria a ‘culpada’. Na Pedreira Santo Onofre, localizada no bairro do Indubrasil, a mais de cinco quilômetros do perímetro urbano, um dos responsáveis pela empresa afirmou na manhã desta segunda-feira (22) que estranhou a pedreira ter sido envolvida.

“Não sei de onde tiraram esta informação. Para se ter uma ideia, na sexta-feira não houve nem detonação na nossa pedreira. Além disso, dificilmente um procedimento deste, feito na região onde estão a nossa empresa e outras do mesmo ramo, teria reflexos em toda Campo Grande, como foi noticiado”, afirmou.

O proprietário de uma pedreira que funciona também naquela região estranhou que o tremor tenha sido atribuído a uma detonação.

“Temos uma empresa do mesmo ramo e é impossível que uma detonação ali tenha reflexos na cidade. Se fosse assim toda  semana seriam sentidos tremores, pois as detonações são constantes. Também existe o fato de não trabalharmos com explosivos tão potentes assim”, afirmou. 

Relatos partiram de pessoas que se identificaram como moradoras da região sul da cidade, por exemplo, e de bairros a sudoeste e oeste. Populares do São Conrado afirmaram ainda que chegaram a sair de casa depois de sentir tremor.

Um homem, que preferiu não se identificar, disse que a explosão pode ter ocorrido em uma pedreira localizada na região do Indubrasil. Um morador de Terenos, 30 quilômetros a oeste da Capital, também disse que frequentemente escuta várias explosões das pedreiras próximas.

Dados disponibilizados pelo Centro de Sismologia da USP revelam que o último tremor registrado no Brasil foi às 16h58 de sexta-feira, em Conquista D’Oeste, município de Mato Grosso, distante 1,2 mil quilômetros de Campo Grande. O abalo na região foi de magnitude 2.7 na chamada Escala Regional Brasileira (mR).

O Centro de Sismologia da USP informa que tem estações em , Camapuã, , Porto Murtinho e Sonora. De acordo com o boletim sísmico dos últimos três meses, o tremor mais forte registrado no Brasil, foi no dia 7 de maio em Porto Walter (AC) e atingiu 4.7 mR de intensidade.

Em Mato Grosso do Sul, os relatos mais recentes sobre abalos sísmicos remetem a 2009. Naquele ano, tremores de 4,8 de magnitude na escala Richter foram sentidos na região norte do Estado, em municípios como Coxim e Rio Verde.

O abalo sísmico com maior magnitude já registrado no Brasil foi de 6.6 e ocorreu em 1955, em Mato Grosso. A título de comparação, o terremoto no Nepal, em abril deste ano, no qual ao menos 8 mil pessoas morreram, além de 17,8 mil feridos, foi de 7,8 de magnitude na escala Richter. (Colaboraram Aline Machado, Waldemar Gonçalves, Diego Alves e Pedro Heiderich)

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