Material gráfico pago com dinheiro público vai parar em lixeira e gera reclamação
Governo promete investigar porque folders e cartazes foram parar em lixeira
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Governo promete investigar porque folders e cartazes foram parar em lixeira
Leitora do Jornal Midiamax reclama da falta de critérios no uso do dinheiro público em Mato Grosso do Sul. Ela denuncia grande quantidade de material publicitário feito para a antiga Setas (Secretaria de Estado de Assistência Social), mas que acabou descartada em uma lixeira no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
“Fiquei indignada por eles receberam uma fortuna do governo e jogaram o material no lixo. O tambor estava lotado de material publicitário”, afirmou a funcionária pública de 59 anos e cuja identidade será preservada, que flagrou folders e cartazes em uma lixeira na sexta-feira (23). As imagens mostram que o material de propaganda do Programa Vale Universidade foi fabricado no dia 19 de janeiro, com validade de exatos dois anos.
O material foi solicitado pela empresa Bw3 Propaganda e impresso pela Gráfica e Editora Alvorada. A empresa é vencedora em diversas licitações realizadas no período do governo de André Puccinelli (PMDB).
Em dezembro do ano passado, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) chegou a solicitar o detalhamento de um contrato no valor de R$ 5.719.700,00, entre a SED (Secretaria de Estado de Educação) e a gráfica. Convênio, publicado no Diário Oficial do Estado no dia 17 de dezembro, não apresentava detalhes sobre a contratação que tinha por finalidade a “aquisição de livros como apoio didático para alunos da Rede Estadual de Ensino”.
Conforme a publicação, o contrato foi assinado dias antes, em 12 de dezembro, com vigência de 60 dias. Uma semana depois, de acordo com a publicação do Diário Oficial de 23 de dezembro, o governo do Estado, por meio da SED, contratou a gráfica para a aquisição de livros para os acervos das bibliotecas da Rede Estadual de Ensino. O investimento foi de R$ 870 mil.
Setas/Sedasth
No governo tucano, a pasta, que antes era chefiada por Tânia Garib, passou por mudanças e agora é chamada de Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e trabalho), gerenciada pela vice-governadora, Rose Modesto (PSDB).
Em contato com a assessoria de comunicação do governo do Estado, para saber o motivo pelo qual o material foi jogado no lixo e o valor gasto com a fabricação do conteúdo, a reportagem do Jornal Midiamax foi informada apenas de que a denúncia será verificada com a Sedhast, mas até o fechamento deste texto, não houve retorno sobre o caso.
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O leitor enviou as informações ao WhatsApp da redação, no número (67) 9207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem diretamente com os jornalistas do Jornal Midiamax. Flagrantes inusitados, denúncias, reclamações e sugestões podem ser enviados com total anonimato garantido pela lei.
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