Em parceria com o Hospital do Pênfigo e Igreja Adventista, a Prefeitura promove neste sábado (31), uma série de ações em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, no Terminal Aero Rancho, em Campo Grande. Para ajudar fumantes que querem ter uma vida livre do tabaco, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) disponibiliza em todas as unidades de saúde tratamento gratuito com equipe multidisciplinar.

As equipes da Sesau e voluntários da igreja realizam aferição de pressão, massagem, informativos sobre tratamento público gratuito de um ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a gerente técnica de tabagismo da secretaria municipal, Emília Maria Barbosa, o cigarro tem 4.720 substâncias tóxicas e pode provocar 50 doenças como aneurisma e câncer, e somente de câncer, o cigarro pode causar 40 tipos. “Estamos aqui para relembrar a população que é possível largar o tabaco. A Sesau oferece em todas as 25 unidades de saúde um programa feito por uma equipe multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais, e médicos de várias especialidades, além de ter acesso à internação e interações medicamentosas”, afirmou Emília.

O representante do clube Desbravadores, da Igreja Adventista, Manuel Gutierrez explicou que o grupo colocou um caixão com dois cigarros dentro para representar que o fumo pode levar a morte.

Pierre Damásio, diretor-geral do Hospital do Pênfigo, lembrou que a unidade oferece o projeto “Como deixar o cigarro em cinco dias”, gratuitamente, além de uma série de informações para ter uma vida saudável e largar o tabagismo.

Fumante há 30 anos, o pintor, Osvaldo Corrêa, 54, quer largar o cigarro para ver o crescimento de suas três filhas. “Fumo dois maços de cigarro por dia e já sinto dores no peito”, contou Osvaldo. “Eu sei que preciso de ajuda, já tentei parar de fumar duas vezes e fiquei no máximo quatro dias sem fumar, já faz muito tempo que quero parar”, disse.

O secretário de Saúde, Jamal Salem, médico urologista, explicou que 99% dos pacientes com câncer de bexiga que ele atende é decorrente do cigarro. Segundo ele, 11% da população fuma mesmo sabendo dos riscos para a saúde. “Temos que trabalhar para mudar isso, inclusive contra o narguilé que é mais nocivo que o cigarro. Uma sessão de uma hora de narguilé equivale a 100 cigarros”, afirmou Jamal.