Sisu 2014: 1º lugar geral na UFMG e na Ufes não usa Facebook e Twitter

Mariana Drummond Martins Lima, 18 anos, aprovada pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada) em primeiro lugar geral na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e na UFes (Universidade Federal do Espírito Santo), não usa Facebook e Twitter. Filha única do engenheiro Célio Augusto Martins Lima e da psicóloga Belmira Drumond, a adolescente mora em Belo […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Mariana Drummond Martins Lima, 18 anos, aprovada pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada) em primeiro lugar geral na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e na UFes (Universidade Federal do Espírito Santo), não usa Facebook e Twitter.

Filha única do engenheiro Célio Augusto Martins Lima e da psicóloga Belmira Drumond, a adolescente mora em Belo Horizonte, estuda 12 horas por dia há dois anos e cursou os dois último anos do ensino médio no Colégio Bernoulli –instituição classificada em segundo lugar do Enem 2012 (Exame Nacional do Ensino Médio)–, onde fez semanalmente o simulado do concurso na escola. Ela explica que o teste, além de sua aplicação, garantiu o resultado no Sisu.

“Tem de saber o conteúdo. É lógico. Mas o aluno tem de estar preparado para a prova. Ter malícia e saber até chutar, quando necessário. O que não pode é errar, de jeito nenhum, nas questões mais fáceis”, diz a estudante.

No resultado do Sisu, Mariana Lima atingiu 858,54 pontos. Na redação, fez 960 pontos. No primeiro e segundo anos do ensino médio, ela se submeteu ao Enem como treineira. “No primeiro Enem, acertei 130 questões em 180. No segundo, foram 150 questões. Nesse último, das 180, só errei 16”, afirma.

Mariana Lima explica que há dois anos fazia semanalmente o simulado do Enem de pelo menos três disciplinas. No período entre 7h e 12h40, a adolescente estava na escola. “Começava a estudar nos dias de semana, após o almoço, mais ou menos às 13h30. Só parava na hora de dormir”.

“Não gosto de usar o Facebook. Tenho conta, mas não uso. No Twitter, nem conta eu tenho. Prefiro os livros e estudar. Eu só estudo”, afirma a adolescente. A mãe confirma. “Ela é estudiosa desde pequena. Sempre foi aplicada”.

“Meus pais sempre me ajudaram muito. Sobretudo, me ajudando a organizar os estudos e meus horários. A minha mãe me tomava as matérias e meu pai me levava e buscava para na escola e, à tarde, para fazer as provas simuladas”, diz.

Bolshoi perde uma bailarina

A adolescente vai cursar medicina na UFMG. Ela estudou balé no Palácio das Artes (Belo Horizonte), dos nove aos 12 anos, na unidade brasileira do Balé Bolshoi (Joinville SC), entre os 13 e 15 anos, e finalmente, no Grupo Corpo (Belo Horizonte), até os 16 anos.

No período em que morou em Joinville, ela sonhava em tornar-se dançarina profissional. “Ensaiava três, quatro horas por dia, estava decidida a ser bailarina”, afirma. Mas desistiu. Numa tarde, há três anos, acompanhada de monitores do Colégio dos Santos Anjos, Mariana Lima visitou as instalações da Fundação Pró-Rins. “Nessa visita, eu resolvi ser médica. Quando voltei para Belo Horizonte e fui estudar no (Grupo) Corpo, já tinha desistido do balé”, afirma.

Nesse período, ela criou sua conta no Facebook. “Entrei poucas vezes. Criei a conta só para conversar com o pessoal de Joinville. Raramente eu entro. Não gosto mesmo. E também não estou namorando. Não dá tempo”, diz.

“Devo fazer nefrologia, cardiologia ou neurologia. Vou ver com qual área me identifico mais”.

Conteúdos relacionados