O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), comunicou no sábado, por e-mail, ao PT a decisão de antecipar a exoneração de dois secretários do governo filiados ao partido: Carlos Minc, da secretaria de Meio Ambiente, e Zaqueu Teixeira, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.
A decisão foi motivada pelo anúncio do presidente do PT-RJ, Whashington Quaquá, de que o partido iria deixar o governo Cabral um mês mais cedo que o combinando – em 28 de fevereiro, e não em 31 de março, como vinha sendo ventilado pela legenda.
Em nota, o governador agradeceu a Quaquá pelos “sete anos e um mês de convívio fraterno com os companheiros do partido” e lembrou que o governo do Rio também foi comunicado da saída do PT por e-mail.
Na semana retrasada, após um encontro entre caciques do PMDB – que reuniu, entre outros, o vice-presidente Michel Temer, Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o presidente regional do partido, Jorge Piaccini -, o presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp, afirmou que o principal objetivo peemedebista era manter a aliança do PT, desde que o nome do vice-governador Luiz Pezão permanecesse a frente da chapa para as eleições para o governo do Estado em outubro. Vaupp chegou a sinalizar um possível abandono da candidatura de Cabral ao senado em prol da aliança.
O desejo do PT estadual de lançar candidatura própria já havia causado ruídos na relação entre os partidos antes. Em dezembro, Picciani já havia ameaçado romper com o partido caso a pré-candidatura do senador petista Lindbergh Farias se concretizasse.
