A Apple é famosa por não se dobrar às tendências do mercado. Ao contrário, durante muitos anos, foi ela quem mostrou qual o caminho a seguir. Uma das máximas do fundador e CEO da companhia Steve Jobs, morto em 2011, era de que a empresa deveria criar as necessidades dos clientes. Ao que parece, essa afirmação não é mais verdadeira. A próxima versão do iPhone será uma exceção à regra de Jobs. Após se manter com um formato menor em tamanho de tela em comparação com seus concorrentes, a Apple deve lançar uma versão de 4,7 polegadas do aparelho e uma de 5,5 polegadas, um salto em tamanho em comparação às 4 polegadas do atual iPhone 5S.
A empresa está de olho nos números do mercado. Nos Estados Unidos, 98% das vendas de smartphones Android que custam mais de US$ 400 tem tela de 5 polegadas. A tela do Galaxy S5, principal concorrente do iPhone, é de 5 polegadas. O Galaxy Note conta com uma tela ainda maior: 5,7 polegadas. Mas nada se compara ao G Flex, da LG: 6 polegadas.
Segundo fontes consultadas pela imprensa americana, a Apple encomendou a fabricação das telas para seus parceiros de produção chineses. Elas devem vir com tecnologia de toque integrado, o que está dificultando a fabricação. A Foxconn, tradicional fabricante dos iPhones, aumentou o número de pessoal que produzem produtos para a Apple, para poder entregar a demanda.
Apesar da mudança, a atual versão do iPhone está em ascensão de vendas. Para o próximo trimestre, o crescimento esperado é de 15% ante ao ano passado. Em dezembro, contudo, o aparelho decepcionou. Para o próximo iPhone, a empresa está mais otimista. Em 2013, ela pediu 50 milhões de telas para o 5S. Para o iPhone 6, foram 70 milhões encomendadas.
