Operação apreendeu nesta segunda-feira (28) aproximadamente cinco toneladas de queijos e carnes impróprios para consumo e de origem animal clandestina em Mato Grosso do Sul.

A operação foi feita pela DECON (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Vigilância Sanitária Estadual e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de 21 a 26 de julho, em Costa Rica, Figueirão, Cassilândia, Paranaíba e região.

A operação 

Em Costa Rica e Cassilândia, foram apreendidas 4,5 toneladas de queijos impróprios ao consumo, sem origem comprovada e inspeção dos órgãos sanitários para comercialização. Os produtos eram vendidos irregularmente para laticínios e cooperativas do Estado de São Paulo.

Já em Paranaíba, as apreensões aconteceram em açougues, totalizando meia tonelada de produtos clandestinos como carnes bovinas, suínas, carneiro, lingüiças caseiras e ração para animais fabricada com restos de carnes.

Segundo a DECON, as condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos comerciais fiscalizados eram precárias ou até mesmo inexistentes, contrariando, dessa forma, todas as legislações sanitárias vigentes.

Ainda de acordo com a Delegacia, as ações objetivavam a orientação dos proprietários dos estabelecimentos fiscalizados. “Constata-se, porém, que a prática de transporte, manipulação e armazenamento de gêneros alimentícios sem o cumprimento das normas sanitárias vigentes é usual em algumas regiões do Estado e necessitam de fiscalização contínua”.

Os órgãos envolvidos na operação frisaram ainda que os produtos apreendidos configuram “não só o desrespeito às normas de saúde pública e com as pessoas que poderão consumir tais produtos, como também à concorrência desleal, trazendo prejuízos aos fornecedores sérios que se preocupam com o produto que será fornecido aos seus clientes”.

Perigos

O consumo de produtos de origem animal oriundos de abates clandestinos pode acarretar diversas doenças para o ser humano, como cisticercose, brucelose dentre outras, além de transtornos gástricos como diarréia, vômitos e, em casos mais graves, podendo levar a óbito.

Os responsáveis responderão a procedimento administrativo junto à IAGRO que, posteriormente, remeterá toda documentação pertinente às Delegacias de Polícia dos municípios fiscalizados. Se indiciados, os responsáveis responderão a inquérito policial, por crime contra as relações de consumo, cuja pena pode variar de 2 a 5 anos de prisão.