Músico se dedica a treinar cegos e quer levar time de Campo Grande para final de brasileiro
O som dos acordes da guitarra de Luis Henrique Ávila são trocados todas as terças e quintas-feiras pelo barulho da bola de futebol de 5. O músico, que também é atleta, é o treinador oficial do time de futsal do Instituto Sul-mato-grossense para Cegos “Florivaldo Vargas” (Ismac). Luis Henrique conta que sua relação com o […]
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O som dos acordes da guitarra de Luis Henrique Ávila são trocados todas as terças e quintas-feiras pelo barulho da bola de futebol de 5. O músico, que também é atleta, é o treinador oficial do time de futsal do Instituto Sul-mato-grossense para Cegos “Florivaldo Vargas” (Ismac).
Luis Henrique conta que sua relação com o mundo dos deficientes visuais começou há muito tempo, quando ainda cursava a faculdade de educação física na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
De lá para cá, já se passaram 16 anos, uma temporada na Europa, e a volta para os amigos de sempre. Ele conta que trabalhou no instituto de 1998 a 2006, sempre com a educação esportiva e de orientação. “No início eu fazia trabalho de reabilitação com eles. Ensinava a andar na rua. A terem independência”, explica.
Depois passou a treinar o time de futsal. Com o trabalho, a equipe cresceu. Mas, ele precisou abandonar para seguir outros sonhos. O de viver na Europa.
De volta ao Brasil, em 2013, foi convidado a retornar com os treinamentos, e hoje o foco é levar o nome do time à segunda divisão do campeonato, a série B do Campeonato de futebol de 5, e quem sabe não sonhar com a série A.
Regional Centro-Norte de Futebol de 5
Para isso, Luís conta que, além dos treinos intensos, três reforços vieram de fora para completar o time. Um de Goiás, um do Pará e outro da seleção argentina, que chega nesta semana, já que do dia 23 ao 27 deste mês, acontece aqui o Regional Centro-Norte de Futebol de 5.
Luís explica que esta é a primeira etapa que o grupo enfrentará para subir mais um degrau no campeonato e quem sabe atingir o auge – a série A.
Para isso, eles têm pela frente o enfrentamento de seis times. Sendo o Adivins, daqui de Campo grande, e outros cinco de Goiás, Brasília, Cuiabá, Pará e Acre.
A boa notícia é que como os times de Cuiabá e Brasília já garantiram vaga para a série A, automaticamente, outros dois sobem, caso garantam os primeiros lugares.
“Em um possível empate entre Brasília e Cuiabá sobe o terceiro e o quarto colocados. O esquema é o mesmo do Brasileiro, sobem dois para a segunda divisão e descem dois da primeira”, explica.
Reforços e veteranos
Um dos reforços do time, o paraense Thiago ferreira, de 22 anos, conta que está há duas semanas na cidade e veio com tudo para ajudar a levar o Ismac para a final. “Vim com o objetivo de classificar e ir para o Brasileiro em setembro”, conta.
Já integrante do time, Rafael Gazoni, de 26 anos, espera o mesmo. “Espero que o campeonato seja forte e que ganhemos uma vaga para o Brasileiro. Vamos na busca do título”, conta o jogador que há 14 anos se encantou pelo futebol de 5.
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