Jihadistas apedrejam mulher acusada de adultério até a morte

Membros do grupo radical EI (Estado Islâmico) apedrejaram até a morte uma mulher acusada de adultério na província de Hama, no centro da Síria. A ação foi filmada e o vídeo foi publicado nesta terça-feira pelos jihadistas na internet. No início da gravação, que dura pouco mais de cinco minutos, a mulher aparece em frente […]

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Membros do grupo radical EI (Estado Islâmico) apedrejaram até a morte uma mulher acusada de adultério na província de Hama, no centro da Síria. A ação foi filmada e o vídeo foi publicado nesta terça-feira pelos jihadistas na internet. No início da gravação, que dura pouco mais de cinco minutos, a mulher aparece em frente ao seu pai e a um combatente do EI, que afirma que este será o primeiro apedrejamento por adultério nesta região.

A mulher pede clemência ao longo do vídeo, mas seu pai rejeita taxativamente perdoá-la. O pai decide “transferir a decisão de perdoar para Deus Todo-poderoso”. Logo em seguida a mulher é amarrada e levada para um buraco cavado na terra, rodeado por combatentes do EI que lançam pedras até que ela morra. O pai dela também participou do apedrejamento, mostrou o vídeo. A data do apedrejamento é desconhecida.

A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou que a execução aconteceu no norte da província de Hama, onde há amplas áreas sob o controle do EI, que recorre às execuções públicas (apedrejamentos, decapitações e crucificações) para aterrorizar a população e impor uma interpretação sunita radical do Islã. Nos dias 17 e 18 de julho, outras duas sírias foram assassinadas da mesma maneira na província de Al Raqqah, no norte do país, por acusações semelhantes.

Ameaças – Um adolescente australiano que combateu ao lado dos jihadistas do EI é o protagonista de um vídeo de propaganda do movimento radical islâmico em que pela primeira vez o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, é mencionado. No vídeo, o adolescente adverte o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, que os jihadistas não deixarão de lutar até conseguir derrubar “todos os tiranos e fazer com que a bandeira negra seja hasteada em cada território”, inclusive na Casa Branca.

As autoridades australianas acreditam se tratar de Abdullah Elmir, um jovem de 17 anos que desapareceu de sua casa no oeste de Sydney no final de junho, segundo a emissora local ABC. As autoridades australianas acreditam que Elmir viajou com um colega de 16 anos para a Turquia e dali cruzou a fronteira com a Síria para se unir às forças jihadistas. Segundo o governo, há ao menos 60 australianos nas fileiras do EI, e outros cem trabalhando ativamente na Austrália em apoio logístico e recrutamento.

A Austrália elevou em setembro o alerta terrorista para o nível ‘alto’ diante da ameaça de atentados em meio à ofensiva internacional contra o jihadismo na Síria e no Iraque, que tem a participação da Austrália com ajuda humanitária e armas. A Austrália prepara uma bateria de leis antiterroristas, que incluem medidas para evitar o retorno dos combatentes jihadistas e a recusa de emissão e cancelamento de passaportes de cerca de 45 pessoas por razões de segurança.

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