Inscrito na última hora, projeto campo-grandense ganha troféu de dança na Argentina

Eles decidiram participar do ‘Festival de Danza del Mercosur’ faltando apenas três semanas para o grande dia. Mas o pouco tempo para ensaios e preparo não foi empecilho para que os bailarinos do ‘Projeto Tocando em Frente’ trouxesse o troféu para a modalidade Jazz-trio para o Mato Grosso do Sul.

Os bailarinos Olmar Neto, Isabella Gonçalves e Tiffany Stephánie, juntamente com a professora Jéssica Santos Loureiro, foram para Puerto de Iguazu, Argentina, pensando apenas em participar do festival. Mas a experiência rendeu mais e eles foram e fizeram bonito.

Jéssica conta que não esperava de forma alguma trazer um dos troféus para Campo Grande. Mas para surpresa delas, e dos alunos, o prêmio agora é um entre tantos que estão por vir. “Ficamos muito emocionados. Somos um grupo de um projeto, temos muito apoio da direção, mas não temos uma megaestrutura. Trazer este troféu foi uma surpresa muito boa”, conta.

Na véspera

Jéssica diz que semanas antes da realização do festival a mãe de uma aluna comentou sobre o festival e disse que o Ballet Dom Bosco, da professora Suzana Leite, iria para a competição. “Ela chegou e falou que tinha vaga no ônibus do outro grupo. Então entramos e contato e a professora Suzana foi maravilhosa, nos deu todo apoio”, diz.

Eles então entraram em contato com a professora Suzana, que não conhecia o projeto, mas orientou o grupo de como participar. “Eu não os conhecia, fiquei conhecendo depois. A Jéssica pediu para ir junto. O meu balé iria. Então falei vamos juntar e virar uma família só”, diz, pontuando que acha importantíssimo que projetos sociais participem deste tipo de evento.

Com o apoio da professora e da direção do projeto, os bailarinos partiram rumo a Argentina. E para surpresa de todos, não só se apresentaram como ganharam.

“Foi uma experiência incrível. Algo que vou levar para toda a vida”, diz Isabella.

O projeto

O Tocando em Frente é um projeto social que atende crianças e oportuniza para as mesmas aulas de balé clássico, balé contemporâneo, karatê, violão, dança do ventre, bateria, teclado, reforço escolar e inglês.

Os participantes não têm custo algum com as aulas. Até os uniformes e o lanche das crianças são dados pelo projeto. “A única coisa que pedimos é o compromisso com as aulas”, afirma a professora Jéssica.

O projeto que começou em 2001, com 52 crianças, já atendeu mais de 2 duas mil. E segundo a professora, o objetivo é continuar trabalhando e oferecer atividades de lazer e cultura para as crianças e adolescentes.
As mães também são atendidas com aula dança do ventre e ginástica aeróbica.