Segundo amiga, a paciente passou por verdadeira maratona nos hospitais de Campo Grande e chegou a ser liberada pelos médicos, com o bebê vivo, para ‘aguardar dilatação’.

A amiga de uma gestante mineira denunciou nesta quarta-feira (26) a falta de atenção enfrentada por uma mãe ao perder o bebê na terça-feira (25), após ir em dois hospitais de Campo Grande. Agora, a mulher sofre com a demora para retirar o bebê.

De acordo com a amiga, que preferiu não se identificar, o sofrimento de Marli Aparecida dos Santos, de 38 anos, começou ontem (25) quando procurou o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com fortes contrações.

Ela deu entrada no hospital às 4h e durante sua permanência foram feitos exames que constataram que a gestante estava com uma infecção urinária. Por volta das 15h ela foi liberada pelos médicos para retornar para casa e aguardar a dilatação para fazer o parto normal.

Em casa, Marli Aparecida continuou sentido dores muito fortes e resolveu procurar a Maternidade Cândido Mariano. No hospital os médicos fizeram exames, menos a ultrassonografia, mas constataram que o bebê estava bem, pesando 3,6 quilos e que a pressão arterial da mãe estava normal e pediram para aguardar até a manhã desta quarta-feira para realizar o parto normal.

Mais uma vez Marli Aparecida foi para casa sem conseguir realizar o parto de sua segunda filha. À noite, por volta das 23h, com dores insuportáveis, retornou ao Hospital Regional e novamente passou por exames. Com 39 semanas, a mãe foi informada que sua bebê estava sem batimentos cardíacos e tinha morrido.

A amiga conta que mesmo com a situação que Marli estava enfrentando a equipe médica não realizou cirurgia para a retirada da criança. “Ela está lá sofrendo esse tempo todo, uma pela morte de sua filha e outra com as dores que está sentindo e ninguém faz nada para ajudá-la”, diz.

Outro fato que a amiga revela que não foi esclarecido até agora é como a criança morreu se na maternidade disseram que estava tudo bem, tanto com a mãe quanto com o bebê. “Até ontem falaram para ela que sua criança estava bem e que as dores que estava sentido era porque nunca tinha feito parto normal. Como a noite se interna no hospital e falam que a menina tinha morrido, como pode acontecer isso?”indaga.

A amiga está revoltada com a demora em retirarem a criança morta. “O médico afirmou que ela tem que esperar para ter mais 2 centímetros de dilatação para realizar o parto normal, se o bebê já está morto por que não retiram logo e acaba com o sofrimento dela”, conclui.

Segundo a amiga esta é a segunda gravidez dela e que no primeiro parto também ela não teve dilatação e por esse motivo os médicos fizeram uma cesariana.

A assessoria do hospital foi procurada, mas até o fechamento da matéria não deu nenhuma resposta do caso.