França gasta R$ 15 bilhões em trens que não cabem nas estações

Os novos trens que a operadora francesa de trens SNCF comprou não cabem nas estações. Ao todo, são dois mil novos veículos adquiridos que são muito grandes para as plataformas de embarque e desembarque do país. Segundo o Operador de Trem da SNCF, houve uma falha na verificação das medidas que foram dadas pela RFF, […]

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Os novos trens que a operadora francesa de trens SNCF comprou não cabem nas estações. Ao todo, são dois mil novos veículos adquiridos que são muito grandes para as plataformas de embarque e desembarque do país.

Segundo o Operador de Trem da SNCF, houve uma falha na verificação das medidas que foram dadas pela RFF, empresa responsável pela gestão dos trilhos, antes de encomendar os veículos.

Estações de tamanhos diferentes

A França conta com duas dimensões de estações, que servem para trens construídos há 50 anos atrás (mais estreitas) e 30 anos atrás (mais largas). Os trens adquiridos vão circular por estações mais estreitas (de 50 anos atrás) e as medidas passadas dizem respeito às plataformas mais novas.

Para solucionar o problema, a SNCF terá que modificar 1.300 plataformas, ao custo de 50 milhões de euros (R$ 151 milhões). Ou seja, uma em cada seis estações serão afetadas.

Falta de integração

A questão expõe um problema da rede de trens da França. As empresas são órgãos distintos, em esfera federal, estadual, e até municipal, e, aparentemente, não há integração entre seus departamentos de infraestrutura.

O ministro dos Transportes francês Frederic Culliver descreveu a situação como absurda e um “drama cômico”. Ele culpou a decisão do governo anterior de separar a rede de trilhos (RFF) da rede de trens (SNCF).

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