Família de Rodrigo Rech denuncia medo e impunidade em Ato Público

Familiares de Rodrigo José Rech que foi assassinado no dia 24 de março também compareceram ao Ato Público organizado pela ONG (Organização Não Governamental) Mães sem Fronteiras e pela família do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos. Com o suspeito foragido, eles denunciam que estão sendo ameaçados e estão com medo de realizar […]

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Familiares de Rodrigo José Rech que foi assassinado no dia 24 de março também compareceram ao Ato Público organizado pela ONG (Organização Não Governamental) Mães sem Fronteiras e pela família do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos. Com o suspeito foragido, eles denunciam que estão sendo ameaçados e estão com medo de realizar as atividades cotidianas. 

“É muito difícil perder um irmão, principalmente da forma em que tudo aconteceu. Uma pessoa cheia de vida com tudo pela frente e ser retirada de perto da gente desta forma tão violenta”, conta Roberto Rech, irmão da vítima. 
Com o suspeito foragido, ele diz que a família tem recebido ameaças. “Ele já havia jurado todos de morte, dizendo que voltaria para ‘terminar o serviço’. Estamos de mãos atadas e parece que o poder público de modo geral nos abandonou”, revela. 
Há quase um mês, a família não tem qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito, o policial aposentado Carlos Roberto Cerqueira, conhecido como “Delegado Pit Bull”, e nem como estão às investigações. 
“Ao contrário de como foi a dinâmica do desfecho da morte do Erlon, a gente está apavorado, pois não sabemos a que pé estão as investigações. Desde o dia da morte do meu irmão, a polícia ligou apenas na semana passada para a gente, para perguntar se tínhamos alguma novidade, se sabíamos de algo sobre o paradeiro do policial e para falar que informaram à Interpol”, conta Roberto e completa, “nesta altura, ele já está fora do Estado faz horas, com a fronteira seca que temos aqui”. 
MEDO 
Roberto revelou que a família tem um estabelecimento comercial e vive com medo até mesmo de trabalhar. “Não sabemos quem entra lá, se é realmente cliente, ou alguém a mando do assassino, que está nos espiando para cumprir as ameaças”, diz. 
Até sair de casa, a família tem evitado. “Temos que trabalhar isso é inevitável, mas para realizar qualquer outra atividade estamos nos sentindo reféns, pois meu irmão morreu na porta de casa e ninguém fez nada, e não queremos que esta fatalidade volte a acontecer”, afirma. 
ENTENDA O CASO 
Rodrigo Rech foi assassinado com três na cabeça, na tarde desta segunda-feira (24), em frente de casa no bairro Monte Castelo – região norte de Campo Grande. O crime foi cometido pelo policial aposentado conhecido como “Delegado Pit Bull”, que está foragido. 
A causa do assassinato à queima roupa é uma rixa antiga entre os dois em virtude de uma construção na rua, onde o crime foi cometido. A vítima foi surpreendida pelo policial quando voltava para a casa. Rodrigo morreu no local e Carlos Roberto Cerqueira fugiu em seguida.

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