O candidato do PMDB ao governo de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad, é apontado como um dos seis “traidores” de Dilma Rousseff (PT) para as próximas eleições, conforme aponta reportagem publicada no site do jornal Folha de S. Paulo.
Dilma disputará a reeleição tendo o peemedebista Michel Temer como candidato a vice, repetindo a chapa vencedora em 2010.
No entanto, Nelsinho apoiará Eduardo Campos (PSB) à Presidência. Por aqui, o senador petista Delcídio do Amaral será adversário do peemedebista na disputa pela Governadoria.
‘Faça o que eu digo…’
No discurso de abertura da campanha, durante a convenção do PMDB no dia 29, Nelsinho pediu fidelidade a seus correligionários, clamando apoio a sua campanha. O governador, André Puccinelli, chegou a discursar um “fora!” direcionado a descontentes com os caminhos locais do partido.
Só lembrando: Puccinelli é dilmista, ao menos publicamente, e declara voto à petista frequentemente.
Ivo Sartori, no Rio Grande do Sul, também vai de Campos, enquanto na Bahia, o PMDB fechou com Paulo Souto (DEM), rival do PT, que tem seu próprio candidato a governador. A divergência regional em relação à nacional também acontece no Ceará, com Eunício Oliveira, e no Espírito Santo, com Paulo Hartung, que apoiam Aécio Neves (PSDB).
A reportagem da Folha usa o termo “bacanal eleitoral”, atribuindo-o ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), para mostrar que a confusão de apoios e disparidades de cenário ocorre em várias regiões.
Em São Paulo, por exemplo, o palanque de Geraldo Alckmin, candidato à reeleição pelo PSDB, será dividido por Aécio e Campos. Por outro lado, Dilma deverá estar nos palanques do petista Alexandre Padilha e do peemedebista Paulo Skaf.
Há até casos como o do Maranhão, onde Flávio Dino, candidato pelo PCdoB, defenderá Dilma, Aécio e Campos, simultaneamente. PSDB e PSB fazem parte da sua chapa, enquanto o PT, do qual os comunistas são aliados históricos, vai apoiar Lobão Filho, do PMDB.