‘Emoção diferente’, diz guarda municipal que fez primeiro atendimento a bebê afogada
O guarda municipal Kelson Correa Macedo, de 31 anos, lotado na Base Anhanduizinho há três meses, contou ao Midiamax sobre o socorro prestado a bebê de apenas 10 meses que se afogou na manhã de sexta-feira (19). O guarda foi um dos responsáveis por prestar os primeiros socorros e acionar o Samu (Serviço de Atendimento […]
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Correa diz que trabalhava na base móvel da Cidade de Deus, montada por conta de um gerador da Energisa, que alimenta a energia da região, quando populares chegaram correndo e gritando. “O pessoal pegou a criança e começou a gritar a gente. Fomos lá, quando cheguei, jogaram a criança no meu braço, foi quando eu deitei ela e fiz os primeiros socorros”, conta o guarda.
Ele afirma ainda que, quando pegou a bebê, ela já estava roxa. “Fiz o primeiro atendimento e ela vomitou leite, depois fui desobstruindo as vias e ela foi vomitando muita água”, diz Correa. O guarda municipal também revela que já participou de um procedimento parecido, quando uma equipe de guardas fez o salvamento de uma criança que estava engasgada em um Ceinf (Centro de Educação Infantil) da Capital.
No momento em que estava com a criança no colo, Correa foi fotografado e a imagem foi divulgada no Whatsapp. “Já me ligaram várias vezes para falar sobre o que aconteceu”, lembra o guarda municipal. Os guardas também acionaram o Samu e o Corpo de Bombeiros, que levaram a criança para a Santa Casa.
O guarda ainda lembra que, mesmo com o nervosismo dos populares, manteve a calma. “É uma emoção diferente. A gente tem filho, sabe como é, eu tenho um filho de 5 anos de idade, mas nessas horas tem que manter a tranquilidade, não dá pra ter desespero”, diz. Correa afirma que os guardas passam por um treinamento de primeiros socorros, o que ajudou no atendimento a criança.
O caso
Equipes dos bombeiros e do Samu foram acionadas para atender a menina de 10 meses que se afogou. O fato aconteceu na manhã de sexta-feira, na Favela Cidade de Deus, região sudoeste de Campo Grande.
A mãe da bebê, de 17 anos, deixou a filha no andador e foi fazer o almoço. Um tempo depois, percebeu que a menina havia caído em uma piscina de quase mil litros de água, que estava cheia. “Ela estava no andador, deve ter se aproximado por causa da água e perdeu o equilíbrio”, conta um dos moradores que ajudou a acionar o serviço de resgate.
Alta médica
A bebê ficou em observação na ala pediátrica da Santa Casa até as 15h40 de sexta-feira e teve alta médica. A criança não teve sequelas, mas segundo a avó, Cleonice, a família deverá cuidar, caso ela apresente algum problema posteriormente.
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