Em 12h, MTST ergue 600 barracos no Morumbi

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiu mais um terreno na zona sul da capital. Divididos em 14 ônibus, cerca de 800 integrantes ergueram as 200 primeiras barracas na madrugada de ontem em uma área do Portal do Morumbi. À tarde, a entidade já falava em 600 barracas e prometia mais invasões, caso a Câmara […]

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O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) invadiu mais um terreno na zona sul da capital. Divididos em 14 ônibus, cerca de 800 integrantes ergueram as 200 primeiras barracas na madrugada de ontem em uma área do Portal do Morumbi. À tarde, a entidade já falava em 600 barracas e prometia mais invasões, caso a Câmara Municipal adie novamente a votação no novo Plano Diretor.

“Essa ocupação é um protesto contra a demora na aprovação do Plano Diretor. Quanto mais os vereadores demorarem a votar, mais vamos ocupar”, prometia Ana Paula Ribeiro, uma das coordenadoras nacionais do MTST.

Segundo ela, a aprovação do projeto que reordena o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos não fará com que as famílias deixem o local. “Queremos que essa área seja considerada zona de interesse social, para a construção de moradias populares.” Apesar de não ter data definida, a votação pode ocorrer nesta semana.

O terreno invadido fica na Rua Doutor Luís Migliano, que liga as Avenidas Giovanni Gronchi e Francisco Morato e é rota para o Cemitério da Paz. No local, o valor médio do metro quadrado é de R$ 8 mil e os apartamentos mais luxuosos chegam a R$ 1,5 milhão. Ao lado da nova invasão, está em construção um condomínio residencial com unidades de até 243 m².

Na página oficial do MTST, a região é classificada como um local onde a “especulação imobiliária se alastra como epidemia, tendo efeitos perversos, como o aumento desenfreado e abusivo dos aluguéis, levando à expulsão de famílias para bairros com menos estrutura.”

No entorno do terreno, prédios comerciais e residenciais de classe média alta dividem espaço com barracos da Favela da Vila da Praia. Parte dos moradores da comunidade, segundo o movimento, participa da ocupação, assim como famílias das comunidades Olaria e Viela da Paz.

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