De olho no voto do agronegócio, Dilma lança plano de R$ 156 bilhões
Como parte da estratégia para atrair o voto do agronegócio, a presidente Dilma Rousseff lançou nesta segunda-feira (19) o Plano Agrícola e Pecuário 2014/15 com um aumento de 14,7% em relação à temporada anterior, totalizando R$ 156,1 bilhões (ante R$ 136 bilhões). Num discurso com ataques indiretos ao período governado pelo PSDB, a petista reiterou […]
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Como parte da estratégia para atrair o voto do agronegócio, a presidente Dilma Rousseff lançou nesta segunda-feira (19) o Plano Agrícola e Pecuário 2014/15 com um aumento de 14,7% em relação à temporada anterior, totalizando R$ 156,1 bilhões (ante R$ 136 bilhões).
Num discurso com ataques indiretos ao período governado pelo PSDB, a petista reiterou compromisso com a área e ressaltou o aumento na produção da safra e nos investimentos feitos pela União.
“Na safra anterior à chegada do presidente Lula, tínhamos colhido 96,8 milhões de toneladas de grãos (…). Na safra que estamos encerrando, nós iremos colher 191,2 milhões de toneladas de grãos”, comparou.
A “expectativa conservadora”, nas palavras do ministro Neri Geller (Agricultura) é que a produção chegue a 200 milhões de toneladas.
A reaproximação com o agronegócio é conduzida com apoio da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), atual presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que também discursou no evento.
Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o passo seguinte, será um encontro de Dilma com lideranças do agronegócio ensaiado para ocorrer nos próximos dias no Palácio do Planalto.
“Se a gente considera que somos 200 milhões de habitantes, seria uma tonelada por habitante, o que mostra a pujança do país, 70% acima do que era há uma década”, alfinetou Dilma.
Dilma atribuiu o aumento nos números ao apoio do governo federal. “Tamanho crescimento de produtividade só é possível com muito (…) apoio das políticas do governo federal”.
Após a cerimônia, o ministro Neri Geller negou, porém, que a ampliação dos recursos tenha caráter eleitoreiro. “Não é verdade que tem vínculo eleitoreiro. Os recursos, nos últimos 12 anos, passaram de R$ 20 bilhões para R$ 136 bilhões, isso está acontecendo de forma gradativa. Então, não tem absolutamente nada a ver com a questão eleitoral.”
Segundo números apresentados pela presidente, os investimentos no último ano da gestão tucana foram da ordem de R$ 15,7 bilhões. “Na atual safra, foram R$ 136 bilhões e vamos ultrapassar chegando a R$ 156 bilhões”, disse para uma plateia formada por empresários do setor em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
E Dilma continuou: “Se o setor, como é o caso deste ano, for bem sucedido na ampliação do seu gasto, garantiremos os pleitos restantes”.
Dos R$ 156,1 bilhões destinados ao plano, R$ 112 bilhões são para custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões, para os programas de investimento. A verba destina-se aos médios produtores, à pecuária de corte, ao setor de florestas comerciais, à inovação tecnológica e ajustes no seguro rural.
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