Conselho de Segurança da ONU pede trégua imediata em Gaza

O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu nesta quinta-feira (31) um “cessar-fogo imediato e incondicional” em Gaza e “pausas humanitárias” para socorrer a população, alvo de uma ofensiva israelense há mais de 20 dias. Segundo a “AFP”, após quatro horas de reunião a portas fechadas, o Conselho não fez qualquer referência ao bombardeio na […]

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu nesta quinta-feira (31) um “cessar-fogo imediato e incondicional” em Gaza e “pausas humanitárias” para socorrer a população, alvo de uma ofensiva israelense há mais de 20 dias.

Segundo a “AFP”, após quatro horas de reunião a portas fechadas, o Conselho não fez qualquer referência ao bombardeio na quarta-feira a uma escola da ONU em Gaza, onde várias famílias palestinas estavam refugiadas.

Na última quarta-feira (30), Gaza viveu seu dia mais sangrento, com 119 mortos e 500 feridos em ataques e bombardeios – um deles em uma escola mantida pela ONU.

A chefe para Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos, afirmou em videoconferência com o Conselho de Segurança que mais de 80% dos mortos na ofensiva israelense na faixa de Gaza são civis e que o mundo está assistindo “horrorizado ao desespero de crianças e civis sob ataque”.

Em 24 dias de ofensiva, os mortos já são contabilizados em 1.400, segundo o Ministério da Saúde em Gaza, entre eles pelo menos 251 crianças, e os feridos são mais de 7.000. Do lado israelense, são 59 mortos, dos quais três são civis. Negociações de cessar-fogo ‘empacadas’

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em pronunciamento na TV quecompletará a missão de destruir os túneis construídos pelo grupo islâmico radical Hamas na faixa de Gaza “com ou sem um cessar-fogo”. As negociações para a uma trégua, mediadas pelo Egito, estão empacadas. “Estamos determinados a completar esta missão com ou sem um cessar-fogo. Não concordarei com nenhuma proposta que não permita que o Exército israelense complete essa importante tarefa em nome da segurança de Israel”, afirmou Netanyahu antes de uma reunião com seu gabinete de segurança.

Do outro lado, o Hamas já afirmou reiteradas vezes que vai rejeitar qualquer acordo de cessar-fogo que “não inclua o fim da campanha militar de Israel e a retirada do bloqueio à Faixa de Gaza”.

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