Com apenas 13 anos, Davi Braga pode ser considerado um empresário de sucesso. O negócio dele a Lis-it, uma plataforma online que reúne listas de materiais escolares para auxiliar os pais a encontrarem valores mais baixos pegou e hoje o jovem, que tem como um de seus mentores o sul-mato-grossense Flávio Estevam, do Namoro Fake, sonha em encontrar parceiros e lançar o site do List-it oficialmente.
Flávio é só elogios para um de seus pupilos. Ele conta que como mentor ajuda Davi com conselhos e muito papo cabeça. “Só conversamos coisas de adulto. Ele é muito inteligente, você não tem ideia”, se derrete.
Ele explica que como mentor ajuda Davi em suas decisões. “Não interfiro diretamente no negócio. É mais focado no empreendedorismo, no comportamento em relação à mídia, apresentações. Não tem um assunto ou área especifica”, explica Estevam dizendo que faz o mesmo trabalho com outros empreendedores.
Os pupilos são escolhidos a dedo. “Observo vários aspectos e o principal é ter esse perfil de empreendedor que não tem muito medo de arriscar, fala que vai fazer e faz, e tudo que aparece na frente aprende, mesmo que não seja da sua área de atuação”.
Davi retribuí e conta que os conselhos são essenciais para mantê-lo firme. “O Flávio me dá conselhos, me diz as experiências que ele teve. Tanto ruins como boas. As boas para eu tentar repetir, as ruins para eu não fazer igual, como manter os pés no chão, e como encarar essa ‘fama’ de uma hora para outra”, relata.
Além de Flávio, Davi conta ainda com a ajuda do pai, João Kepler, que é um anjo-investidor e de outros nomes de peso como Cassio Spina, Maria Rita, Davi Barboza, Edson Mackenzy, Guilherme Junqueira e Geraldo Santos. “Peço conselhos e pergunto mesmo, sempre que tenho dúvidas. Eles estão sempre presentes, querendo me dar força e me mostrar o melhor caminho, então isso não tem preço”, diz.
Antes do sucesso, o fracasso
Quem pensa que o negócio nasceu pronto se engana, Davi conta que apesar da pouca idade já ‘faliu’ duas vezes. “Antes do List-it eu tive vários outros negócios, vendi chiclete na escola, comprei por 5 dólares um pote de chiclete e comecei a vender na escola por 25 centavos cada bolinha. Não deu certo porque os chicletes foram comprados em uma viagem internacional e como eu não sabia que eu ia fazer tanto sucesso vendendo chicletes eles acabaram rápido e eu não tinha mais mercadoria. Então, costumo dizer que foi aí que eu fali minha primeira empresa”, diz.
O segundo negócio foi vender cupcakes, também na escola. Minha irmã fazia e eu vendia. Eu vendi tanto que comprei uma smart tv (meu sonho de consumo, bem na época em que lançou) com meu próprio dinheiro. Mas como em muitas empresas os ‘sócios’ brigam e o negócio se desfez. Meu pai disse que achava melhor parar a produção e venda”, diz.
A List-it foi a primeira empresa que ele montou, de verdade, como diz. “Foi a primeira empresa de verdade, com sócios de fora do meu ambiente familiar”, explica.
Necessidade
Como todo negócio de sucesso, a List-it surgiu de uma necessidade. A mãe dele, Cristiana, é dona de uma papelaria e loja de presentes, e para facilitar a compra das clientes montou um sistema para cada uma criar seu kit, mas acabava correndo de um lado para o outro para encontrar os melhores preços. Foi quando Davi viu a demanda e criou o sistema com o designer Júlio Quintela e o programador Carlos Cesar, conhecidos do pai.