Cliente que comprou chocolate podre reclama do atendimento na Vigilância Sanitária Municipal

Silvana Maciel não conseguiu, mesmo com muitas tentativas, denunciar para a Vigilância Sanitária Municipal (Visa) que comprou um chocolate estragado no último fim de semana. A professora, que trabalha em dois turnos em uma escola, telefonou para a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) nos poucos momentos que o trabalho lhe permitiu. Segundo ela falta uma […]

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Silvana Maciel não conseguiu, mesmo com muitas tentativas, denunciar para a Vigilância Sanitária Municipal (Visa) que comprou um chocolate estragado no último fim de semana. A professora, que trabalha em dois turnos em uma escola, telefonou para a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) nos poucos momentos que o trabalho lhe permitiu. Segundo ela falta uma divulgação maior dos canais para encaminhamento dessas queixas.

“Liguei umas quatro vezes e não tive sucesso mas vou continuar tentando. Quero fazer isso não por mim, já que sei a importância de informar ao órgão sobre o problema. Dessa maneira irei ajudar outras pessoas. Precisaria haver uma campanha para divulgar esse número do disque-denúncia ou tornar mais visível na página da secretaria”, pede Silvana.

A Assessoria da prefeitura comunica que a página eletrônica da Sesau está sendo reformulada. A Administração Pública informou ainda que já havia recebido sugestões sobre a necessidade de informar melhor os canais de denúncia da Visa Municipal. O cidadão pode encaminhar as queixas de forma anônima ao órgão se quiser, tendo disponível os telefones (67) 3314-3064, (67) 3314-9955, além do email [email protected].

O caso

A professora comprou, no último sábado (15), dois chocolates da marca Phinus, em uma drogaria São Bento da Avenida Júlio de Castilhos,  um deles apresentava estado de putrefação, com larvas. Ela retornou ao estabelecimento para reclamar, e, após insistir, teve o seu dinheiro de volta. Por falha do atendimento da farmácia, nenhum funcionário ou gerente do local pegou o contato da cliente, situação que dificultou a operação do Marketing da rede, na tentativa de reparação.

Depois da divulgação do caso no Midiamax, a Rede São Bento procurou entrar em contato com a cliente, através do Facebook, por onde não obteve resposta, já que ela acessa pouco a rede social. No fim da tarde desta quarta-feira (19), em um telefonema, o departamento de Marketing da cadeia de drogarias pediu desculpas pelo incidente e garantiu que todos os produtos da marca Phinus seriam tirado de circulação.

O empresário da marca também procurou Silvana, quando pediu que ela tirasse do Facebook. Douglas Pereira reclamou com a cliente a respeito da exposição negativa da Phinus na rede social, levada depois para a Imprensa. Segundo ele os chocolates são fabricados em Minas Gerais por outra empresa, sendo a Phinus responsável pelo empacotamento e distribuição dos produtos.

“Ele perguntou porque não procurei o SAC deles antes de publicar as fotos no Facebook. Disse que o perfil é meu, o que me dá direito de publicar o que eu quiser, ainda mais uma coisa tão grave que ocorreu comigo. Nunca tive o interesse de denegrir a marca, até torço para que a empresa melhore sua fiscalização de higiene depois disso e tenha sucesso. Publiquei para alertar outras pessoas, sem má fé ou interesse pessoal. Sei dos meus direitos”, lembra a professora.

O que diz o Código de Defesa do Consumidor a respeito de uma situação dessas:

Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.

§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.

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