Aos 60, engenheiro resgata hobbie e volta a fabricar botões para futebol de mesa na Capital
O engenheiro civil Ary Novaes começou a jogar futebol de mesa aos 8 anos de idade. Aos 12 começou a fabricar os próprios botões, o que descobriu ser sua maior paixão. “Gosto mais de fazer os botões do que jogar”, garante. No fim da adolescência, ele largou o futebol de botão para estudar e trabalhar. […]
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O engenheiro civil Ary Novaes começou a jogar futebol de mesa aos 8 anos de idade. Aos 12 começou a fabricar os próprios botões, o que descobriu ser sua maior paixão. “Gosto mais de fazer os botões do que jogar”, garante.
No fim da adolescência, ele largou o futebol de botão para estudar e trabalhar. Em 2012 voltou a jogar, mas hoje, aos 60 anos ele resgatou seu maior hobbie: voltou a fabricar botões na Capital.
A ideia surgiu após campeonato de futebol de botão no hotel de amigo. “Tinha um jogador de Recife, que tinha o time do Santa Cruz com os botões feitos com chifre de boi, que os presos fabricavam. Eu vi aquilo e pensei que queria ter um time assim”, recorda-se Ary.
Depois de ouvir do amigo que era possível derreter plástico em papel de empada, Ary pôs a mão na massa e começou. “Demorei muito pra adquirir a técnica e o tempo certo”.
O processo
O engenheiro explica que primeiramente escolhe-se a matéria-prima: acrílico ou talher de plástico para festa de criança. “Eu quebro o material, coloco na folha de empada e ponho no forno para derreter”.
Derretido, ele usa a máquina de lixa grossa para corrigir as arestas, para deixar o botão plano. Feito isso, passa lixa d água, para deixar o botão liso, e parafina para que o botão possa deslizar. “Para finalizar, tiro os excessos com flanelinha e pronto. O botão está feito”.
Com o botão pronto, Ary imprime o adesivo do time desejado e cola. O goleiro ele não faz. “Dá para fazer de diversas cores e ai é só colar o adesivo do time que quiser. O meu favorito é o Estrela Vermelha, um time da Sérvia”, conta. O engenheiro diz que diversos jogadores da Capital estão começando a procurá-lo para fabricar times.
Saudoso
Ary afirma sentir falta do tempo em que diz que “o futebol de botão era futebol de botão”. O engenheiro revela que seu jogo é artesanal: a bola é de algodão, costurada com linha; o goleiro é feito com caixa de fósforos; e a trave de madeira.
Atleta da Federação de Futebol de Mesa de Mato Grosso do Sul, o engenheiro reclama que o futebol de botão virou esporte. “Na minha época era lúdico, os campeonatos duravam dias. Hoje é tudo cheio de regras, campeonato em um dia só, virou esporte”.
Contato
Quem tiver interesse em pedir um time para Ary deve ligar para o número 9912-2897.
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