Aluguel caro pressiona deficit habitacional nas metrópoles

A disparada dos preços dos aluguéis está agravando a carência de moradias nos grandes centros urbanos do Brasil. Um estudo inédito da Fundação João Pinheiro, obtido pela BBC Brasil, revela que o deficit habitacional cresceu 10% entre 2011 e 2012 nas nove metrópoles monitoradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, são 1,8 […]

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A disparada dos preços dos aluguéis está agravando a carência de moradias nos grandes centros urbanos do Brasil.

Um estudo inédito da Fundação João Pinheiro, obtido pela BBC Brasil, revela que o deficit habitacional cresceu 10% entre 2011 e 2012 nas nove metrópoles monitoradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, são 1,8 milhão de famílias sem residência adequada nessas regiões.

O deficit habitacional é calculado segundo fatores como o total de casas compartilhadas por mais de uma família e as residências com mais de três moradores em média por cômodo. O principal componente do indicador, no entanto, é o peso do aluguel no orçamento familiar.

Se o quadro é negativo nas metrópoles, no restante do país, os números são mais alentadores. No mesmo período, o deficit habitacional recuou 1,6% na contagem nacional, com a redução dos números de residências consideradas precárias e de casas compartilhadas.

Mas ainda há 5,8 milhões de famílias brasileiras sem moradia adequada e o aluguel mais caro – problema que atinge principalmente as grandes cidades – é o principal vilão dessa história.

A situação é pior em São Paulo onde o deficit habitacional cresceu expressivos 18,2% em apenas um ano e 700 mil famílias vivem em residências consideradas inadequadas. A cidade é hoje palco de protestos constantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), organização que defende a regulação dos preços dos aluguéis pelo Estado.

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