Yasser Arafat pode ter sido envenenado com polônio, diz relatório
Um relatório produzido por cientistas suíços que analisaram restos exumados do corpo do líder palestino Yasser Arafat, morto há 9 anos, indica que há uma chance de até 83% de ele ter sido envenenado com polônio, uma substância radioativa e letal. A quantidade de Polonio 210 encontrada nos restos de Arafat são 18 vezes mais […]
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Um relatório produzido por cientistas suíços que analisaram restos exumados do corpo do líder palestino Yasser Arafat, morto há 9 anos, indica que há uma chance de até 83% de ele ter sido envenenado com polônio, uma substância radioativa e letal. A quantidade de Polonio 210 encontrada nos restos de Arafat são 18 vezes mais altas que o normal, mostra o relatório, divulgado nesta quarta-feira, 06,pela rede de TV Al-Jazeera e o jornal britânico The Guardian.
O estudo faz parte de uma investigação da Justiça francesa sobre a morte de Arafat. Especialistas forenses da Suíça, França e Rússia examinam desde o ano passado restos de ossos, cabelo e dentes do líder palestino.
A Justiça francesa até agora não se manifestou sobre o resultado dos testes. No mês passado, a agência russa Interfax publicou uma declaração do chefe do Instituto de Medicina Forense russo, Vladimir Uiba, na qual ele descartou evidências de polônio nos restos de Arafat. Pouco depois, no entanto, a declaração foi desmentida.
Os oito anos entre a exumação e a morte do líder palestino dificultam a verificação de traços de polônio no corpo. No ambiente, a meia-vida desse elemento – o tempo necessário para o material perder metade de sua massa ao decompor-se em átomos mais leves por meio da emissão de radiação – é de 140 dias. Por isso, alguns cientistas questionam se a substância poderia ter durado todo esse tempo no corpo de Arafat.
O especialista em medicina forense britânico David Barclay, contratado pela Al-Jazeera para analisar os dados do relatório, defende que Arafat foi, sim, envenenado. “Na minha opinião, com certeza sua doença foi causada por envenenamento com polônio” disse Barclay à Reuters. “Os níveis encontrados são suficientes para a causa da morte.”
O líder palestino morreu em 11 de novembro de 2004, em Paris, menos de um mês depois de passar mal em sua residência em Ramallah, onde vivia cercado por tropas israelenses. Seus médicos não conseguiram determinar a causa da morte e nenhuma autópsia foi feita.
A viúva de Arafat, Suha, disse em Paris que o resultado do relatório comprova que seu marido foi vítima de um assassinato político. “Esse exame confirmou todas as nossas dúvidas”, disse ela. “Ele mostra cientificamente que ele não morreu de causas naturais. Ele foi vítima de um assassinato político.”
Suha, no entanto, não acusou nenhum grupo ou Estado pela morte de Arafat. “Ele tinha muitos inimigos”, acrescentou.
Há anos, a Al-Jazeera, que é financiada pela família real do Catar, investiga a morte de Arafat. Um documentário produzido pela emissora no ano passado motivou a Justiça francesa a pedir a exumação do corpo. O relatório foi divulgado em meio às difíceis negociações de paz entre israelenses e palestinos, relançadas em setembro deste ano.
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