Violência diminui em primeira noite após prisões em SC

Os casos de ataques criminosos caíram na primeira noite após a megaoperação da Polícia Civil de Santa Catarina que terminou com dezenas de pessoas presas, incluindo suspeitos de serem os “cérebros” de organizações criminosas que agem dentro e fora dos presídios. Segundo relatório divulgado pela polícia militar, na madrugada de hoje foi registrado apenas um […]

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Os casos de ataques criminosos caíram na primeira noite após a megaoperação da Polícia Civil de Santa Catarina que terminou com dezenas de pessoas presas, incluindo suspeitos de serem os “cérebros” de organizações criminosas que agem dentro e fora dos presídios.

Segundo relatório divulgado pela polícia militar, na madrugada de hoje foi registrado apenas um caso de veículo incendiado. Na cidade de Tubarão, um homem teve o veículo queimado parcialmente. Segundo as primeiras informações, o carro estava em frente à residência do dono, quando foi incendiado por volta de 3h15.

A polícia chegou ao local em pouco tempo e impediu a queima total do automóvel. O trabalho de perícia vai indicar as causas do incêndio.

Prisões

Na tarde de ontem, equipes de 12 cidades catarinenses cumpriam 97 mandados de prisão.

Somente na Grande Florianópolis, 15 pessoas haviam sido presas até o final da manhã de sábado. Entre os detidos estavam Bruno Miranda, o Bruno Maloca, considerado o braço direito de facções criminosas dos presídios. Ele seria o responsável por levar informações de dentro dos presídios da Grande Florianópolis para as pessoas de fora e por recrutar executores para promoção de atentados.

Os advogados Gustavo Gasparino Becker e Francine Bruggemann foram presos em São José, suspeitos de levar informações para dentro das cadeias. Com eles, a polícia encontrou computadores e cartas de presos integrantes de facções criminosas.

Já Cleusa Machado Saturnino e Cibele Saturnino, mãe e filha respectivamente, foram detidas por suspeita de colher informações e repassá-las a presos de São Pedro de Alcântara.

Além de drogas, foi aprendida farta munição de vários calibres, quatro pistolas, duas carabinas e duas espingardas de calibre 12. A Operação foi deflagrada nas seguintes cidades: Florianópolis, Palhoça, São José, Blumenau, Indaial, Itajaí, Criciúma, Joinville, Tubarão, Gaspar, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú e Camboriú.

Transferência

Ainda ontem, cerca de 40 detentos foram transferidos de Santa Catarina. A informação é da secretária da Força Nacional de Segurança, Regina Miki, que foi até Santa Catarina acompanhar as ações. Uma “operação de guerra” foi montada para remover os detentos, apontados como líderes da facção criminosa que ordenou a série de atentados no Estado.

Os presos deixaram a penitenciária de São Pedro de Alcântara, o Complexo de Florianópolis, além das unidades de Criciúma, Joinville e Blumenau. Todos foram levados à Base Aérea de Florianópolis, de onde embarcaram às 10h30 para presídios do Rio Grande do Norte e Rondônia.

A facção catarinense é responsável pelos 107 atentados registrados no Estado, com pelo menos 39 ônibus incendiados.

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