Uma das principais universidades britânicas terá de reformular suas pesquisas depois que uma investigação apontou “sofrimento terrível” de animais usados em seus laboratórios. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, o Imperial College London admitiu, após as denúncias, que há uma margem significativa para melhora e se comprometeu em adotar medidas imediatas. A instituição é uma das líderes mundiais em pesquisa científica.
A denúncia foi feita pela União Britânica pela Abolição da Vivissecção (Buav, na sigla em inglês) a partir de imagens obtidas com câmeras escondidas em que aparecem ratos sendo decapitados com guilhotinas ou tendo seus pescoços quebrados após os experimentos.
A entidade alega ainda que flagrou cenas de ratos se contorcendo durante operações e de filhotes tendo a cabeça cortada com tesouras, e que teme que procedimentos parecidos tenham sido feitos com animais maiores, como cachorros, gatos ou macacos.
Mais de 1.000 pessoas estão ligadas a pesquisas com animais no Imperial College London.
O Buav fez 33 recomendações para melhorias imediatas e afirmou ainda que outras universidades também devem tomar providências.
O Imperial College disse aceitar todas as recomendações feitas, mas salientou que só usa animais quando essencial para o desenvolvimento de novos tratamentos e para o avanço da medicina.
“O Colégio reitera a sua forte crença de que o uso de animais em pesquisa é essencial para melhorar a saúde e o bem-estar humano e animal”, disse um porta-voz.