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Secretário de PE deixa governo após minimizar denúncias de abuso: ‘Mulher gosta de farda’

O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, deixou o cargo nesta quinta-feira (19), após repercussão negativa de uma entrevista sua ao Jornal do Commercio, do Recife. A entrevista faz parte de uma série de reportagens feitas sobre a exploração sexual de jovens dependentes químicas em Recife, para lembrar os 80 anos da mais […]
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O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, deixou o cargo nesta quinta-feira (19), após repercussão negativa de uma entrevista sua ao Jornal do Commercio, do Recife. A entrevista faz parte de uma série de reportagens feitas sobre a exploração sexual de jovens dependentes químicas em Recife, para lembrar os 80 anos da mais conhecida obra de Gilberto Freyre, “Casa Grande & Senzala”.

Na entrevista foi questionado sobre o abuso sexual de adolescentes prostitutas e viciadas em crack por parte de policiais e afirmou que o homem fardado exerce um “fascínio no dito sexo frágil”. “Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negócio. Eu sou policial federal, feio para c…, a gente ia para Floresta [cidade do sertão] para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Para ela é o máximo tá [sic] dando para um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido”, disse.

Damázio afirmou ainda que “desvio de conduta tem em todo lugar” e mencionou a homossexualidade para exemplificar o raciocínio. “Desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu? Lógico que a homossexualidade não quer dizer bandidagem, mas foge ao padrão de comportamento da família brasileira tradicional. Então, em todo lugar tem alguma coisa errada, e a polícia… né? A linha em que a polícia anda, ela é muito tênue, não é?”, disse o secretário, que soma 30 anos de carreira nas polícias Civil e Federal.

Após a repercussão negativa de suas declarações, o secretário afirmou que o discurso não representa seu “pensamento nem visão do mundo”, em nota na qual anunciou sua saída do governo. Damázio alegou ainda que falou “em tom de brincadeira de conversações informais”, durante intervalos da entrevista, e admitiu o uso de termos “inapropriados e inadequados”. No início da noite, o governo pernambucano informou que o governador Eduardo Campos (PSB) aceitou o pedido de demissão. O secretário-executivo da pasta, Alessandro Carvalho, responderá pela secretaria.

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