Não é preciso andar muito para encontrar um terreno abandonado com mato alto em Campo Grande. A reportagem passou por três matagais e conversou com os moradores da região, que reclamaram muito e criticaram a falta de manutenção da Prefeitura.

Na rua Rio Grande do Sul com a Gutemberg, pouco antes do cruzamento com a Fernando Corrêa da Costa, um dos maiores matagais do centro da cidade chega a ter mais de dois metros. O terreno está abandonado há pelo menos dois anos, segundo o estudante Hélio Suguiura. “Com certeza alguém da Prefeitura já passou por aqui mais de uma vez e nenhuma providência foi tomada”, aponta. O terreno tem placa de fiscalização do CREA.

Na rua Elvira Coelho Machado, bairro Miguel Couto, o matagal é menor mas “acompanha” a rua. A empresária Simone Chagas, 50, trabalha na região e cobrou por cuidados mais frequentes com os terrenos baldios e matagais. “Fica um estado abandonado, de descuido. Ainda mais em época de chuva que o mato brota mais rápido. Falta mão de obra”, analisa.

Simone também revelou que no Jardim São Lourenço, bairro onde reside, há uma praça abandonada e um terreno com matagais. “Além do perigo, traz um cheiro forte, ruim, de bicho morto. É complicado”, critica.

No final da avenida Bom Pastor, no Vilas Boas, ao lado do condomínio Vilas Park, um matagal incomoda os moradores há mais de ano. Seu Antônio Barata, 79, mora ao lado e afirma que o terreno é de funcionário da Prefeitura. “Todo mundo aqui sabe, por isso que não notifica e fica desse jeito”, conta.

Seu Antônio diz que o mato alto incomoda e muito quem vive por perto. “Tem que limpar, a cidade está suja, em todo canto tem matagal. O que não pode é ficar deste jeito. Nós que estamos arcando com as consequências”, lamenta. Ele revela que é constante a aparição de mosquitos, baratas e ratos em sua casa e na dos vizinhos por conta do matagal.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Campo Grande, mas não obteve resposta.