Pai do atleta paralímpica sul-africano Oscar Pistorius, acusado de matar a tiros a própria namorada, a modelo Reeva Steenkamp, na última quinta-feira, Henke Pistorius disse não ter dúvida de que o filho cometeu o crime por confundir a vítima com um instruso em sua casa.

“Você age ainda mais por instinto quando é um esportista. Isso é um instinto, coisas acontecem e você age”, disse Henke ao jornal britânico The Telegraph.

Ele afirma que a família Pistroius está inteira “abalada de coração e alma” pelo ocorrido e que farão “o que for necessário” para limpar o nome de Oscar.

Os parentes dizem que as provas encontradas pela polícia demonstram que o assassinato da modelo não foi premeditado. Para Henke Pistorius, é “claro” que o filho não teria motivos para realizar o crime.

“Todos nós pudemos ver o quanto eles eram um casal próximo e feliz. Eles tinham planos juntos e Oscar estava alegre como não o via há muito tempo”, disse a família em comunicado.

Pistorius foi detido na quinta-feira como o único suspeito do assassinato a tiros de sua namorada, que apareceu morta na casa de Pretória do atleta com quatro marcas de tiros pelo corpo.

A imprensa sul-africana publicou de início que o atleta pôde ter disparado contra sua namorada ao confundi-la com um ladrão que entrou na casa.

No entanto, a Polícia tomou distância desta informação, ao assegurar que não tem pistas que apontem para essa confusão com um ladrão.

Ontem, a família do atleta emitiu um comunicado no qual negou “energicamente” que Pistorius tivesse matado a sua namorada.

O esportista sul-africano, que corre sobre duas próteses de carbono, fez história no verão passado em Londres ao se tornar o primeiro atleta com as duas pernas amputadas a participar dos Jogos Olímpicos.