As obras de duplicação das rodovias de Mato Grosso do Sul – BR-163, BR-267 e BR-262 – que cortam o Estado estão previstas para ter início em setembro, segundo informou a superintendente de exploração de infraestrutura rodoviária da ANTT, Viviane Esse, durante audiência realizada com a população na tarde desta quarta-feira (23), em Campo Grande.

A previsão é de que o edital seja lançado em março, a licitação saia em abril e no mês de agosto os contratos deverão ser assinados.

Viviane ressalta que as concessões para a exploração das rodovias terão que atender uma série de regras, entre as principais estão que os trechos administrados pela iniciativa privada deverão ser 100% monitoradas por câmeras e o apoio ao condutor, em caso de veículo quebrado, por exemplo, deverá ocorrer no máximo em 15 minutos.

O valor inicial da cobrança de pedágio de R$ 4,80 a R$ 7,90 para quem transitar pelas rodovias é defendido pela superintendente. O argumento é de que o valor, em longo prazo, será revertido à população. “Esse valor vai retornar ao produtor rural, às empresas de transporte também, pois um trecho que hoje é percorrido em 6 horas deverá ser feito em 3 ou 4 horas”.

Outra regra que será prevista no edital é de que as concessionárias que atingirem a meta de diminuição do número de acidentes poderá aumentar a taxa do pedágio em 3%, no entanto, caso aconteça o contrario e os acidentes aumentem, o valor do pedágio deverá ter redução de 3%.

O chefe da comunicação social da PRF (Policia Rodoviária Federal) Tércio Borges, não é a favor e nem contra a privatização das rodovias, no entanto, enfatiza que a obra de duplicação na BR – 163, com extensão aproximada de 830 km, é urgente. “Trata-se da maior rodovia federal do Estado e as condições são as mais críticas, já que há mais de 20 anos não passa por reformas. Para que haja diminuição no numero de acidentes é preciso que seja feita a duplicação”. Borges informou ainda que o fluxo diário de veículos é de cerca de 10 mil e 70% deles são pesados.