Após os escândalos envolvendo uso de verbas da saúde em Mato Grosso do Sul, o setor de radioterapia continua enfrentando problemas. O ano de 2014 deve começar com os pacientes da Santa Casa de Campo Grande encaminhados para outros hospitais ou na fila de espera.
Em janeiro a Neorad, empresa particular que presta o serviço e recebe com as verbas do SUS, avisou que fará manutenção no aparelho e interromperá o atendimento. A clínica terceirizada praticamente assumiu o serviço de radioterapia no maior hospital de MS, que optou pela privatização indireta do setor durante o período em que esteve sob intervenção.
No Hospital Universitário o setor está fechado desde junho quando o Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) paralisou as atividades por detectar problemas. Além dafalta de profissionais para atender os pacientes do setor.
Segundo a assessoria do hospital é necessário que se faça um concurso para preencher a vagas em aberto, mas para isso é preciso aguardar que o Governo Federal realize abertura de concurso público.
Já o Hospital Regional não informou até o momento como está o funcionamento do setor de radioterapia. Porém, o HRMS enfrenta dificuldades com o número reduzido de funcionários.
O Hospital do Câncer também foi procurado pela nossa reportagem, mas preferiu não divulgar as informações, apenas que o atendimento e tratamento estão sendo feitos normalmente.
Obesos
Além do problema de encontrar hospitais para fazer o tratamento, outra dificuldade é a situação dos pacientes que pesam mais de 100 quilos e não encontram em Campo Grande equipamentos que comportem seu peso.
Faltam aparelhos para essas pessoas. A Neorad explica que o aparelho na unidade hospitalar suporta até 130 quilos acima disso não tem como atender.
De acordo com a administradora da clínica é difícil um aparelho para atender pessoas acima de 130 quilos. “O conselho que damos para pessoas acima do peso é que faça uma dieta e perca peso para podermos atender, pois infelizmente não temos um aparelho que comporto um peso acima de 130 kg”, ressalta.
A administradora também não soube informar se algum outro hospital da cidade teria um equipamento para pessoas com peso acima de 130 quilos.