Ministério da Saúde fez captação de figados, pâncreas e rins em Dourados

Equipes médicas de Brasília (DF) e do Hospital da Vida de Dourados (MS), administrado pela Associação Beneficente Douradense (ABD), fizeram na noite de sexta-feira, 1, nesta cidade, captação dos órgãos de um jovem de 16 anos, vítima de Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH). Oriundo de Glória de Dourados (MS), o jovem deu entrada no hospital […]

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Equipes médicas de Brasília (DF) e do Hospital da Vida de Dourados (MS), administrado pela Associação Beneficente Douradense (ABD), fizeram na noite de sexta-feira, 1, nesta cidade, captação dos órgãos de um jovem de 16 anos, vítima de Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH). Oriundo de Glória de Dourados (MS), o jovem deu entrada no hospital no dia 30 de janeiro com fortes dores e no dia seguinte as equipes médicas diagnosticaram a morte encefálica.

Depois de exames que constataram o óbito, seus familiares foram contatados pelos integrantes da Comissão Intra-hospitalar de Captação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital da Vida, e optaram por autorizar a doação dos órgões do rapaz. O Ministério da Saúde foi comunicado e a central nacional mandou uma equipe de médicos e enfermeira para auxiliar os colegas médicos e enfermeiros de Dourados na realização dos procedimentos de retirada dos órgãos.

Acadêmicos de medicina e de enfermagem de Universidades e Escola Vital Brasil de Dourados acompanharam o trabalho que durou aproximadamente 3 horas. Fígados, pâncreas e rins foram levados de avião para a central nacional de transplante, objetivando atender pacientes que estão na fila do Ministério da Saúde a espera por esses órgãos.

Todos os órgãos captados estavam em perfeita saúde e até o coração da vítima poderia ser captado, mas como Dourados não possui equipe credenciada para transplante, os demais órgãos da vítima cujo nome não foi autorizado divulgar, não puderam ser aproveitados.

Enfermeira especialista em captação informou que órgãos como coração e pulmões precisam ser transplantados em no máximo duas horas após a captação. Já tecidos como córneas, peles e ossos podem ser captados em até seis horas após a parada do coração e transplantados em prazos que podem superar seis meses. No caso do coração, o paciente receptor precisaria estar no mesmo hospital; pois esse procedimento de captação e transplante precisa ser simultâneo.

Esse é o primeiro caso de captação de órgãos registrada esse ano no Hospital da Vida, que possui equipe treinada pelo Ministério da Saúde, nos principais hospitais do país para realização da captação de órgãos e tecidos humanos. A vinda de uma equipe para auxiliar decorreu da necessidade de levar os órgãos para a central nacional, visando agilidade e rapidez no atendimento de pacientes que estão na fila do Ministério da Saúde, adiantou a mesma profissional.

Trabalharam nos procedimentos de captação, os médicos Eduardo Silveira, Juliana e Luiz Eduardo, as enfermeiras Daniele Martins, Joselito Araújo e Jaqueline, psicóloga Letícia e assistente social Kely, do Hospital da Vida, e médicos Lúcio Lucas e Renato Sabbag e a enfermeira Juliana Guimarães, do DF.

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