De acordo com Governo Federal era pra ser uma medida eficaz na resolução do problema da Saúde no Brasil. No entanto o “Saúde da Família” tem deficiências estratégicas. O programa criado para desafogar as unidades de atendimento emergencial não alcança o seu objetivo e o resultado por incrível que pareça é não atingir muitas vezes o atendimento mínimo com especialistas.

“Sou médico do município e lamento pelas pessoas que deixam de ser atendidas ou enfrentam em ocasiões uma demora grande para a consulta. Tivemos uma reunião recentemente e foi no passado que a demanda cresceu em 30% nas Unidades de Pronto Atendimento. Imagine isso sem uma melhora e aumento da estrutura?” relata o médico clinico-geral Renato Figueiredo que integra a Rede do Município.

O gargalo no atendimento público nas cidades decorre não do aumento crescente dos pacientes, mas de um fluxo desordenado da demanda que direciona o cidadão de forma aleatória aos centros emergenciais.

“Vejo uma falta de estratégia do Governo Federal que desencadeia nas cidades. É fato que o programa Saúde da Família não funciona como o esperado. Uma das coisas que precisa ser revista é o monitoramento dos pacientes que poderia acontecer nos postos dos bairros. E isso distorce a relação de médico por habitante” confere Andrés Cabral Paes clinico-geral da Rede do Município.

Sem um sistema de agendamento eficaz a conseqüência é falta de confiança da população em marcar consultas e diante disso procurar as Unidades de Pronto Atendimento.

“Já propus ao Poder Público que fizesse algum tipo de campanha, até por uma cartilha, ou pelas televisões que ficam na recepção para informar as pessoas sobre a melhor forma de usar o Sistema de Saúde. O paciente não tem conhecimento de como é o caminho para chegar a um especialista, a solicitação de exames ou detalhes de documentação e cadastro. Já trabalhei também em outras Unidades Básicas e sobravam vagas para Pediatria, por exemplo,” conta Renato.

Realidade do problema

Hoje pelo Facebook do prefeito o pai de um recém-nascido com apenas 18 dias reclamou da impossibilidade do atendimento do seu filho nas três principais unidades de saúde da Rede Municipal. Conforme a queixa de Lucivaldo Correia, ele foi inclusive aconselhado por um médico a não buscar tratamento para a criança no Plantão do Posto de Saúde 24 horas do bairro Coronel Antonino.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com o senhor Lucivaldo Correia para melhores informações até este momento e o Midiamax não obteve uma resposta do prefeito quanto ao caso.