Homens armados assassinaram neste sábado mais um membro de uma equipe de vacinação contra a pólio no oeste do Paquistão, informaram fontes oficiais.

O ataque aconteceu em Jamrud Tehsil, disseram as fontes, citadas pelo canal de televisão paquistanesa “Dawn” e que precisaram que o trabalhador humanitário morreu em um centro médico onde se recuperava dos ferimentos causados pelos tiros dos agressores.

O ataque acontece apenas nove dias depois que outro membro de uma equipe de vacinação contra a pólio e dois policiais que faziam a segurança da campanha de imunização contra a doença morreram, no dia 13 de dezembro, em atentados na mesma região.

Os talibãs não costumam reivindicar as ações armadas contra a campanha de vacinação contra a pólio, mas grupos ligados a eles do cinturão tribal fronteiriço com o limítrofe Afeganistão ameaçaram atacar as equipes de imunização.

Os fundamentalistas islâmicos argumentam que tratar uma doença antes de contraí-la é “anti-islâmico”, que a campanha contra a pólio faz parte de um complô ocidental para esterilizar aos muçulmanos e que os vacinadores trabalham como espiões para a CIA.

No início do mês, um diretor da Organização Mundial da saúde (OMS) tinha mostrado sua preocupação pelas dificuldades para vacinar os menores em algumas zonas do Paquistão, que lidera a lista de países com maior incidência de pólio no mundo.

“A menos que mude a situação e possamos chegar a essas crianças não se poderá parar o vírus da pólio”, alertou na época em declaração à Efe o diretor no Paquistão do programa contra a pólio da OMS, Elias Durry.