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Mais de um milhão de espécies de plantas brasileiras serão catalogadas

O Herbário Virtual do Projeto Reflora irá disponibilizar, pelo menos, 1,1 milhão de amostras de plantas brasileiras. Este é o resultado parcial apresentado durante o evento Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre os dias 15 e 17 […]
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O Herbário Virtual do Projeto Reflora irá disponibilizar, pelo menos, 1,1 milhão de amostras de plantas brasileiras. Este é o resultado parcial apresentado durante o evento Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre os dias 15 e 17 de maio.

O Herbário Virtual contará com amostras catalogadas por missões nacionais e estrangeiras em solo brasileiro desde o século 17. “A meta é que todas as espécies da flora brasileira, que temos conhecimento sobre a existência, estejam disponibilizadas até 2020. Para isso o Reflora oferece infraestrutura e investimento, e os pesquisadores disponibilizam sua coleção de exsicatas para o herbário como contrapartida”, explicou o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do conselho, Paulo Sérgio Beirão.

Para resgatar as espécies estrangeiras digitalizadas, o projeto estabeleceu parcerias com dois museus detentores de extensas coleções, o Nacional de História Natural de Paris (MNHN – sigla em inglês), na França, e o Jardim Botânico Real de Kew, da Inglaterra. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), que também disponibilizará sua coleção ao projeto, será responsável por consolidar o herbário, organizando o material enviado pelos dois parceiros estrangeiros do Reflora.

A coleção do Jardim Botânico contabiliza entre 550 mil e 600 mil espécies, o Museu de Paris tem como estimativa entre 300 mil e 400 mil amostras brasileiras, e o Museu Kew conta com 250 mil. Deste montante, cerca de 253 mil já estão sendo organizadas no Rio de Janeiro pela equipe do Jardim Botânico. A previsão é que a página piloto do Herbário Virtual seja disponibilizada para a fase de testes já no mês de dezembro deste ano.

Apoio

O projeto é apoiado por empresas privadas, como a Natura e Vale S.A., que financiam os custos da iniciativa no exterior, efetuando o pagamento da mão de obra qualificada envolvida na digitalização das coleções estrangeiras e o intercâmbio de pesquisadores, que tem como objetivo a referenda das amostras enviadas, além da formação ou aperfeiçoamento do profissional na atividade para futuras ações similares.

“Essas parcerias nos ajudam a cumprir os objetivos do projeto, que são conhecer a fundo a biodiversidade brasileira e a formação de recursos humanos”, afirma Beirão.

O diretor ainda destacou que o evento está alinhado com a diretriz do CNPq, que estabeleceu sistemáticas de avaliação criteriosas para os projetos mais ambiciosos no qual a instituição está envolvida. “Entendemos que integram este perfil aqueles com maior volume de investimento e que demandam um tempo maior para execução. Avaliando de um modo geral, a reunião foi muito bem sucedida”, finalizou.

Projeto Reflora

O programa foi estruturado em duas linhas de ação: a primeira envolve o acesso às informações das amostras da flora brasileira no exterior e a digitalização dos dados e imagens com posterior autenticação, transferência e integração à base física do herbário digital a ser instalado no Jardim Botânico. A segunda linha de ação visa fomentar 24 projetos de pesquisa envolvendo pesquisadores de equipes brasileiras e estrangeiras com ênfase nas áreas de botânica e fitogeografia.

A disponibilização online desse conhecimento pode colaborar para as estratégias de conservação e uso sustentável da biodiversidade brasileira, como também servirá para validação da identidade taxonômica dos espécimes analisados, capacitação e treinamento de recursos humanos na área de taxonomia.

O Projeto Reflora conta com recursos de R$ 21,5 milhões, financiados por instituições de fomento à pesquisa como o CNPq, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e as fundações de amparo à pesquisa do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Paraná, contando ainda com apoio de empresas privadas, como Natura Cosméticos S.A. e Vale S.A.

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