A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira ser “contra a indexação da economia”. Para ela, esta seria a memória mais forte do processo inflacionário crônico dos anos de 1980 e 1990. “Indexação é algo extremamente perigoso”, frisou. “Então, indexar a economia brasileira ao câmbio e a outra variável externa é uma temeridade”, completou.

Ela reconheceu que a economia brasileira tem vários problemas, mas ressalvou que muitos foram superados, como a inflação descontrolada.

Em conversa com jornalistas, a presidente afirmou ainda que seu governo “não tem predileção por uma política anticíclica”. Situações excepcionais, entretanto, justificaram essas medidas. Ela defendeu que algumas ações de desoneração fiscal se tornem permanentes, como a desoneração da folha de pagamento, para garantir a redução do custo do trabalho.

Ela admitiu que houve ações de intervenção na economia brasileira pelo governo, mas ressaltou que foram pontuais, devido ao agravamento da crise internacional. “Não injetamos 85 bilhões de dólares no mercado monetário, como fizeram outros países, até porque não temos esse dinheiro”, observou. “Mas, diante da crise, somos levados a fazer coisas que não fazemos em tempos normais”, complementou.