Idoso sai a duas quadras de casa e é encontrado pela família em outra cidade
A família do aposentado Luis Alves da Silva, de 94 anos, que desapareceu no último dia 14 de abril, da casa onde moram no bairro Nova Campo Grande, na Capital, quer entender como o idoso, que teria dado entrada no Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante (Cetremi), foi parar na cidade de Anastácio (134 […]
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A família do aposentado Luis Alves da Silva, de 94 anos, que desapareceu no último dia 14 de abril, da casa onde moram no bairro Nova Campo Grande, na Capital, quer entender como o idoso, que teria dado entrada no Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante (Cetremi), foi parar na cidade de Anastácio (134 km de Campo Grande).
A técnica em turismo Cleonice Pinto dos Santos, 38, conta que por volta de 7h30, do domingo (14), o pai que faz cestas artesanais, foi pegar cipó, a aproximadamente duas quadras da residência.
Às 11h, do mesmo dia, Cleonice e a irmã já preocupadas com seu Luis que não retornava, entraram em contato com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros fizeram boletim de ocorrência e foram a postos de saúdes e chegaram a bater, inclusive, no Imol (Instituto Médico Odontológico Legal).
Na segunda-feira (15), por volta de 22h, Cleonice conta que recebeu uma ligação dos bombeiros, informando que o pai teria sido deixado no Cetremi. Ele foi encontrado sem nenhum documento, na Vila Eliane, mesma região do bairro Nova Campo Grande.
Na mesma noite, a família foi ao Centro de Triagem, porém seu Luis Alves da Silva não estava mais lá. “Disseram que ele tinha fugido, tinha anotação de entrada, mas não tinha da saída dele”, conta Cleonice.
Luis já tinha embarcado às 9h, da segunda-feira (15), para Anastácio, como consta na passagem, que curiosamente foi comprada no último dia 12 de abril, encontrada com o idoso.
“Eu não sei o que aconteceu, ele pode ter contado alguma história de Anastácio, morávamos lá há 4 anos e minha irmã ainda mora lá. Sei que eu não estou totalmente certa, meu pai saiu aqui perto, sem documento. Quem deu essa passagem, ele tava sujo, barbudo, como ele entrou em um ônibus intermunicipal?”, indaga Cleonice.
A assistência social da cidade de Anastácio, de acordo com a família, foi quem encontrou Luis. Lá ele falou sobre Nioaque, onde mora outra filha. Luis Alves, disse o nome de um mercado da cidade, onde o dono é irmão do proprietário da fazenda, onde essa filha de Luis trabalha.
Com isso, a assistência social conseguiu contato com a filha de seu Luis em Nioaque na quarta-feira, 17 de abril. Ela então entrou em contato com a irmã de Anastácio, que foi retirá-lo no serviço social.
“Pra ela tirar ele de lá, ficou umas três horas, dizendo sobre a história do meu pai, ela –assistente –, ainda foi lá na casa dela, para ver se ele estava bem”, lembra.
Já na casa da irmã, Cleonice foi até Anastácio, buscar o pai. “Ficamos desesperados, vemos muitos casos de pessoas desaparecidas”.
A reportagem entrou em contato com a SAS (Secretaria de Assistência Social) e a informação é de que o idoso não passou e nem deu entrada no Cetremi.
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