Exército presta homenagem à praças que combateram na Tomada de Monte Castelo

O Brasil enviou mais de 25 mil homens para lutar na guerra. A Tomada de Monte Castelo é considerada o grande feito do Exército Brasileiro.

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O Brasil enviou mais de 25 mil homens para lutar na guerra. A Tomada de Monte Castelo é considerada o grande feito do Exército Brasileiro.

Emocionado com a homenagem feita pelo Comando Militar do Oeste em alusão a Tomada de Monte Castelo, na manhã desta quinta-feira (21), o praça Agostinho Gonçalves Mota fala sobre os momentos em que esteve na guerra. Com mais de 90 anos, Seo Agostinho diz que tudo era muito difícil, mas o amor à pátria e o civismo, qualidades perdidas nos dias de hoje, os motivavam a seguir em frente. “Sofremos muito quando fomos para a guerra. Mas, tínhamos um espírito patriota muito maior. Vencíamos as dificuldades. Hoje, não é mais assim”, diz.

Manoel Castro de Siqueira, 90 anos, lembra que ficou um ano na guerra, como atirador no morteiro. A função lhe rendeu dois ferimentos graves, um, inclusive, quase fez Seo Siqueira perder a visão. “Me atingiram perto do olho. Fiquei dois dias sem ver nada. Até que um militar americano retirou os estilhaços”, conta mostrando a marca perto doolho esquerdo.

As cicatrizes da guerra permanecem nos corpos e nas lembranças de quem lutou pela paz e pela ordem, contam os praças. O medo de morrer, não impediram os então rapazes de fazer o que deviam. E hoje, a justa homenagem os faz recordar os momentos vividos na Itália.

O Brasil enviou mais de 25 mil homens para lutar na guerra. A Tomada de Monte Castelo é considerada o grande feito do Exército Brasileiro na Grande Guerra. E a homenagem, segundo o general Ferreira, comandante do CMO, realizada hoje busca preservar as tradições e os valores militares. Mostrando aos recém ingressos a importância daqueles que arriscaram suas vidas nos campos de batalha em defesa da democracia e em prol da liberdade.

A solenidade contou com a presença de autoridades civis, militares e dos ex-combatentes que residem em Campo Grande (MS). Na ocasião também foi relembrada a memória do Frei Orlando, patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército, que completaria 100 anos este ano, mas morreu aos 32 anos, nos campos de Batalha da Europa.

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