Embrapa está revendo presença na África, diz presidente

O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, disse ao BBC Brasil que, após expandir sua atuação pela África nos últimos anos, em movimento alinhado com a ofensiva diplomática do Brasil na região, a estatal está revendo sua estratégia para o continente. “Queremos intensificar esse trabalho (a atuação da Embrapa na África), mas ele tem que […]

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O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, disse ao BBC Brasil que, após expandir sua atuação pela África nos últimos anos, em movimento alinhado com a ofensiva diplomática do Brasil na região, a estatal está revendo sua estratégia para o continente.

“Queremos intensificar esse trabalho (a atuação da Embrapa na África), mas ele tem que ser intensificado de forma inteligente”, disse Lopes. “Não faz a sentido a Embrapa dispersar sua ação num grande número de países, fragmentando os recursos que são sempre escassos.”

A operação da Embrapa na África é a face mais visível da internacionalização da companhia. A estatal tem hoje quatro grandes programas no continente (no Senegal, em Moçambique, Mali e Gana), além de projetos de pesquisa em ao menos outros 18 países. A empresa também atua em nações latino-americanas, caribenhas e em Timor Leste.

No entanto, em outubro de 2012, críticas do Conselho de Administração da estatal à forma como a expansão internacional estava sendo conduzida foram apontadas como a principal razão para que o então presidente da companhia, Pedro Arraes, pedisse demissão.

Na própria África a atuação da Embrapa enfrenta a oposição de alguns grupos. Em Moçambique, a ONG Justiça Ambiental diz que agricultores locais não foram consultados sobre os trabalhos da companhia e temem ser desalojados em favor de grandes produtores estrangeiros. Lopes diz, porém, que pequenos produtores também serão beneficiados pela ação da empresa.

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