‘Difícil saber o que é o melhor para a igreja no mundo’, diz Dom Dimas sobre novo papa

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, admite a possibilidade da eleição do cardeal brasileiro Odilo Pedro Scherer, mas prefere não fazer prognósticos sobre o futuro papa.

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O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, admite a possibilidade da eleição do cardeal brasileiro Odilo Pedro Scherer, mas prefere não fazer prognósticos sobre o futuro papa.

Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (11), o arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas, declarou ser difícil dizer qual seria o melhor para a Igreja Católica no mundo após a renúncia do Papa Bento XVI por fragilidade do seu estado de saúde.

O anúncio pegou os católicos de surpresa e promete entrar para a história da Igreja, já que o último papa a abdicar de seu pontificado foi Gregório XII (1406-1415), aos 88 anos, quando brigas políticas motivaram a criação de três papas simultâneos.

Dom Dimas preferiu não se comprometer em nomear um favorito e declarou ter apreço por todos os cardeais brasileiros. “Não ousaria fazer um prognóstico deste tipo. É muito difícil dizer o que seria melhor para a Igreja no mundo”.

Como desafios para o próximo papa, o arcebispo enumerou a abertura de diálogo feita por Bento XVI. “É preciso ter discernimento para ouvir as demandas da Igreja moderna e, para isso, ele deve estar cercado de muitos e bons especialistas para assessorá-lo”.

Por mais que não quisesse demonstrar a vontade de ter um papa latino-americano eleito, Dom Dimas admitiu que há alguma chance do cardeal Odilo Scherer, de São Paulo. “É uma das cidades brasileiras com maior número de católicos”, avaliou.

Para os fiéis pegos de surpresa com o anúncio, o arcebispo orienta oração e serenidade. “A ansiedade é normal, pois queremos saber como será o novo papa, o que ele vai fazer, que linha irá adotar. Alguma coisa vai mudar, mas acredito que ele dará continuidade aos trabalhos da Igreja e fortalecerá projetos que estão dando certo”.

O cardeal alemão Joseph Ratzinger assumiu a chefia da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, no lugar de João Paulo II, adotando a alcunha de Bento XVI. No ano passado, Bento XVI tinha já dito que estava “na última etapa da vida”,a brindo espaço para especulações sobre sua saída. Ele deve permanecer sustentado pela Igreja, realizando produção intelectual em algum mosteiro, segundo esclareceu Dom Dimas. 

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