Deputados preparam moção de repúdio ao vestibular da USP por questão sobre índios de MS

Os deputados estaduais da bancada ruralista Zé Teixeira (DEM) e Mara Caseiro (PTdoB) estão preparando uma moção de repúdio ao vestibular da USP por causa da pergunta que faz referência ao assassinato de indígenas entre 2012 e 2013

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Os deputados estaduais da bancada ruralista Zé Teixeira (DEM) e Mara Caseiro (PTdoB) estão preparando uma moção de repúdio ao vestibular da USP por causa da pergunta que faz referência ao assassinato de indígenas entre 2012 e 2013

Os deputados estaduais da bancada ruralista Zé Teixeira (DEM) e Mara Caseiro (PTdoB) estão preparando uma moção de repúdio ao vestibular da USP por causa da pergunta que faz referência ao assassinato de indígenas entre 2012 e 2013. De acordo com eles, a questão denigre a imagem de Mato Grosso do Sul, além de apresentar dados inverídicos.

Conforme o deputado Zé Teixeira, a questão não tem fundamento e a fonte não tem credibilidade. “Vamos pedir anulação da questão e me reunirei amanhã com Mara e Marquinhos Trad (PMDB) para fazermos uma moção de repúdio”, afirmou.

Na pergunta, a Fuvest apresentou tabela, comparando os assassinatos de indígenas no Brasil e no Estado com cinco alternativas. A última delas, que é a correta, traz a seguinte afirmação: No período abrangido pela tabela, a participação do Mato Grosso do Sul no total de indígenas assassinados é muito alta, em consequência, principalmente, de disputas envolvendo a posse de terras.

Pela tabela, dos 554 assassinatos de indígenas no período, 310 ocorreram no Estado. A questão foi elaborada pela Fuvest com base em dados do Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

Com base em dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), os deputados questionam a veracidade dos dados apresentados na prova, afirmando que a maioria dos assassinatos foram cometidos entre índios, e não por conta da disputa por terras, como afirma a questão

De acordo com a tabela divulgada pela secretaria, entre 2007 e 2013, das 214 ocorrências, 207 foram dentro das aldeias. Deste total, 192 homicídios foram cometidos pelos próprios indígenas, 16 têm como autor pessoas de fora das aldeias e 5 assassinatos constam como ocorrência a apurar.

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